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Revista TAE - Tratamento de água e efluentes

Amplia o número de pesquisas dedicadas a explorar o oceano (3 notícias)

Publicado em 13 de dezembro de 2022

Por André Julião, da Agência FAPESP

O trabalho não pode ser visto como o estado da arte da área marinha ou oceânica no Brasil, porque temos um recorte bem específico

Ainda que continuem menos conhecidos do que a Lua, os oceanos receberam bastante atenção dos cientistas nas últimas décadas. Uma parte importante dos estudos foi realizada com o apoio da FAPESP, conforme atesta um levantamento conduzido por pesquisadores das universidades de São Paulo (USP), Federal do ABC (UFABC) e Estadual Paulista (Unesp) publicado na revista Biota Neotropica. O artigo é parte de uma edição especial dedicada aos 60 anos da FAPESP, comemorados em 2022.

Entre os 300 projetos analisados desde 1972, 46 foram apoiados no âmbito do Programa BIOTA, que foi lançado em 1999 e ampliou significativamente o número de pesquisas dedicadas a explorar o oceano. Esse aumento se deu principalmente a partir de 2010. No ano anterior, foi lançada uma chamada específica para projetos dedicados à compreensão desse ambiente, ampliando desde então o escopo do programa. Ainda constam 13 projetos no âmbito do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG), lançado em 2008.

“O trabalho não pode ser visto como o estado da arte da área marinha ou oceânica no Brasil, porque temos um recorte bem específico. Não olhamos o conjunto total das pesquisas oceanográficas no Brasil e nem mesmo no Estado de São Paulo, uma vez que não incluímos nas análises projetos financiados pelo CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico] e outras agências de fomento à pesquisa. Por outro lado, de certa maneira, o levantamento reflete o que é feito em São Paulo e no resto do país”, conta Mariana Cabral de Oliveira, professora do Instituto de Biociências (IB) da USP, que foi membro da coordenação do BIOTA entre 2009 e 2018 e coordenou o estudo.

Agência FAPESP -