WASHINGTON - O projeto de lei de patentes, aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado na quarta feira, merece "quase nota 10", segundo avaliação da Associação de Fabricantes de Farmacêuticos nos Estados Unidos, grupo que há vários anos agressivamente defende a medida como vital para o desenvolvimento da indústria no Brasil. "Ficou faltando a questão da proteção de microorganismos e as patentes não se aplicam a produtos fabricados em outros países e exportados para o Brasil," disse Leslie Ackerman, vice-presidente do grupo para a América Latina.
A falta de proteção para microorganismos - que a Associação reconhece ser um problema especialmente difícil pois levanta questões morais - é considerada importante porque a biotecnologia é a próxima fronteira da indústria farmacêutica. Segundo Ackerman, a biotecnologia apresentará as curas mais promissoras do futuro, mas o desenvolvimento da indústria depende de que ela tenha incentivos para operar com lucro.
A exigência de que só serão protegidos produtos farmacêuticos fabricados no país também não foi bem recebida pela indústria. "Se para colocar o produto melhor e mais barato no mercado o fabricante julgar necessário produzir em outro país e exportar para o Brasil, não vemos porque não pode", diz Ackerman.
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Jornal do Brasil