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Jornal Brasil

Ambientes marinhos e costeiros são tema do BIOTA-FAPESP Educação (1 notícias)

Publicado em 21 de outubro de 2013

O Programa de Pesquisas em Caracterização, Conservação, Recuperação e Uso Sustentável da Biodiversidade do Estado de São Paulo (BIOTA) realiza na quinta-feira (24/10), na sede da FAPESP, a partir das 14 horas, três palestras sobre Ambientes Marinhos e Costeiros. Este é o oitavo ciclo de conferências de 2013 sobre biomas e ambientes brasileiros do BIOTA-FAPESP Educação, vertente do programa voltada para a melhoria do ensino da ciência da biodiversidade.

As palestras apresentam dados atualizados sobre o estado desses ambientes e sua conservação, com espaço para debates com a plateia. A programação é aberta a estudantes, alunos e professores do ensino médio, alunos de graduação e pesquisadores.

O ciclo sobre Ambientes Marinhos e Costeiros terá conferências de três professores da Universidade de São Paulo (USP): Mariana Cabral de Oliveira, do Instituto de Biociências; Maria de Los Angeles Gasalla, do Instituto Oceanográfico; e Roberto Berlinck, do Instituto de Química de São Carlos. Os temas tratados são a diversidade, ameaças e uso sustentável da flora e da fauna da costa brasileira e os organismos marinhos como fonte de novas moléculas para a indústria de fármacos e cosméticos.

Os ambientes marinhos e costeiros do Brasil não constituem um bioma porque têm características muito variadas ao longo de mais de 8 mil quilômetros de costa. As paisagens são formadas por praias, costões rochosos, recifes de coral, falésias, dunas, lagoas costeiras, estuários, manguezais e ilhas.

Nestes cenários, uma rica biodiversidade está presente na vegetação rasteira de praias - o jundu -, que sobrevive à salinidade vinda do mar; nas restingas, terrenos arenosos e salinos formados por sedimentação situados na transição das praias para a Mata Atlântica; nos recifes de coral; e no solo lamacento e frequentemente inundado que sustenta a vida dos manguezais nos estuários dos rios.

O uso dessa biodiversidade em atividades como a pesca e o turismo e para a alimentação tem reflexos na cultura e estilo de vida dos habitantes de ambientes costeiros e consequências para a vida de ecossistemas. A concentração de aproximadamente 130 milhões de habitantes na faixa litorânea - 65% da população do país - exerce uma pressão permanente sobre o ambiente, apesar da mobilização da sociedade para preservação de espécies e ecossistemas e dos programas de proteção e unidades de conservação existentes.

Cultura científica e cidadania

O ciclo de conferências BIOTA-FAPESP Educação 2013 apresenta, em linguagem acessível, o conhecimento gerado em 13 anos de pesquisas científicas realizadas pelo programa para aumentar o conhecimento sobre a biodiversidade e criar mecanismos para sua conservação, recuperação e uso sustentável. Desde o início deste ano, as conferências abordaram conceitos, valores e ameaças à biodiversidade e trataram de seis biomas: Pampa, Pantanal, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia.

"A sociedade contemporânea é fundamentada no conhecimento como instrumento de riqueza, e a educação científica, desde a formação fundamental, é crucial para desenvolver capacidades e atitudes indispensáveis à vida dos cidadãos", diz Carlos Joly, coordenador do BIOTA-FAPESP e pesquisador do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Em 13 anos de pesquisas, o Programa BIOTA-FAPESP caracterizou 12 mil espécies e identificou outras 1.800. Os pesquisadores ligados a mais de 100 projetos apoiados pela FAPESP publicaram 20 livros, dois atlas e mapas. Esse conjunto de informações subsidia a formulação de políticas públicas de conservação ambiental no Estado de São Paulo.

A programação pode ser conferida em http://www.fapesp.br/eventos/biota_ambientesmarinhos. A confirmação de presença deve ser feita pelo site www.fapesp.br/eventos/biota_ambientesmarinhos/inscricao.

Fonte: Agência FAPESP