O Colégio Culto à Ciência, em Campinas (SP), recebeu nesta quarta-feira (14) o lançamento de um concurso cultural sobre ciência voltado para alunos do ensino médio da rede pública paulista.
Para aproximar ainda mais os jovens da ciência, o desafio é que eles produzam um vídeo de até 7 minutos. A proposta é documentar algum problema da localidade onde vivem.
Nele, cinco jovens monitorados por um professor terão que mostrar o passo a passo do estudo para buscar soluções aos problemas apresentados por eles mesmos.
As inscrições seguem até o dia 20 de setembro, mas o envio dos vídeos pode ser feito até 31 de outubro de 2019.
Confira o regulamento do concurso cultural
O evento também contou com o lançamento da Série “Ciência para Todos”, do canal Futura, no dia 19 de agosto, às 20h30. São 52 episódios que mostram a importância das pesquisas científicas e o impacto na sociedade.
Os capítulos foram produzidos em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Todo o processo teve apoio da Secretaria de Educação do estado de São Paulo e da Fundação Roberto Marinho/Futura.
“O concurso é um desafio [concurso] a eles e não é uma coisa passiva. Nós queremos que eles produzam um filme curto, e que tratem de um destes episódios”, afirma o presidente da Fapesp, Marco Antonio Zago.
Para o coordenador de projetos da Fundação Roberto Marinho, Márcio Motokane, a série documental pode desmitificar a ideia de que ciência é feita apenas em laboratórios com cientistas inatingíveis.
“O objetivo da série é popularizar a ciência fazendo com que ela se torne acessível à população”, disse Motokane.
Aluna do Colégio Culto à Ciência, a estudante Maria Pennachin participou do lançamento da série para provar que é possível fazer ciência, ainda no ensino médio.
Depois das aulas de iniciação científica no Culto à Ciência, ela desenvolveu o biocanudo, um canudo biodegradável e comestível à base de inhame. O trabalho dela já foi premiado no Brasil e apresentado em feiras internacionais.
“Todos podem fazer ciência. Ciência é isso! É explorar sua curiosidade interior e ir atrás disso”, afirma a jovem.
Outra convidada do evento em Campinas foi a estudante gaúcha Juliana Stradioto. Ela foi vencedora do 29º Prêmio Jovem Cientista na categoria ensino médio. Ela participou da criação de um filme plástico biodegradável feito da casca de maracujá.
“No Instituto Federal [Rio Grande do Sul] descobri que era apaixonada por ciência. Eu achava que ciência não era feita no cotidiano. Este tipo de iniciativa [série e concurso] é muito importante”, disse ela no palco do evento, ao lado da estudante de Campinas e do youtuber Iberê Thenório.
De acordo com a organização, os trabalhos devem ser produzidos com foco em “natureza e sociedade”, que inclui o tema meio ambiente e fenômenos naturais. O objetivo é ainda a relação da sociedade com a natureza e seus recursos. Exemplos desta relação são questões ambientais como saneamento e conservação do meio ambiente.
A banca julgadora vai escolher as 5 melhores produções e exibir no Canal Futura. Os cinco grupos escolhidos visitarão centros de pesquisas indicados pela Fapesp, onde vão também poder apresentar os trabalhos para os pesquisadores. O grupo escolhido como grande vencedor receberá tablets.