Proteína pode servir de biomarcador para a doença degenerativa, uma vez que impede a formação de placas no cérebro, um dos marcos do Alzheimer
Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está investigando a relação entre o mal de Alzheimer e outros tipos de demência e a concentração da proteína ADAM10 no sangue.
A partir da análise do genótipo de 500 voluntários com e sem a doença, os pesquisadores constataram que uma alteração genética rara e relacionada à doença de Alzheimer também está associada a níveis elevados de proteína ADAM10 no sangue.
Assim, a proteína pode servir de biomarcador para a doença degenerativa, uma vez que impede a formação de placas no cérebro, um dos marcos do Alzheimer.
“A ADAM10 é uma antiga candidata a biomarcador da doença de Alzheimer que, nos últimos anos, tem ganhado destaque devido ao avanço de equipamentos ultrassensíveis que permitem detectar essas moléculas em concentrações muito baixas no plasma sanguíneo”, afirmou Márcia Regina Cominetti, uma das coordenadoras do projeto.
O estudo tem o apoio da FAPESP e foi publicado na revista Neurobiology of Aging
A doença de Alzheimer é a principal causa de demência no mundo e afeta mais de 35,6 milhões de pessoas. Grande desafio para a medicina, a doença não tem cura e, quanto antes for identificada, maior a possibilidade de adiar o aparecimento dos sintomas.