Estudos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) apontam que através de uma alteração genética é possível aumentar o plantio de cana-de-açúcar e em 50% a produção de álcool por hectare de cana plantada, que hoje é de 7 mil litros.
De acordo com Gláucia Souza, coordenadora do Programa de Pesquisa em Bioenergia (Bioen) da Fapesp, a cana foi sendo modificada ao longo do tempo para aumentar a produção de açúcar voltada à alimentação. Agora os cientistas estão fazendo o caminho inverso, modificando a planta geneticamente para produzir mais etanol de uma maneira economicamente viável.
Queremos usar a parede celular da planta para a produção de etanol, não só o caldo da cana, que já é rico em sacarose, mas também o bagaço e a palha que são deixados no campo quando a cana é colhida, explica.
Não há previsão sobre quando os resultados dessas pesquisas começarão a ter efeito, mas a coordenadora comenta que cada novo cultivar da cana tem levado entre dez a 12 anos para ser lançado. Ainda assim, ela aposta que, com a eficiência na produção do etanol, o produto poderá se tornar mais barato, lembrando que atualmente 70% dos custos de produção do etanol estão na agricultura.
[com DCI]