A Altave, companhia brasileira com sede em São José dos Campos, SP, é uma indústria aeroespacial com foco na criação de produtos e serviços que promovem conectividade e videomonitoramento. Fundada em 2011 por dois engenheiros do ITA Instituto Tecnológico de Aeronáutica, a companhia surgiu em uma incubadora de negócios localizada no DCTA - Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial. "Além da parceria com o ITA, recebemos fomentos da FAPESP.
Hoje atuamos no mercado com 30 funcionários, sendo a maioria deles engenheiros", ilustra Bruno Avena, responsável pela execução estratégica e um dos diretores da companhia. A Altave fornece soluções especialmente para as áreas de defesa segurança e agronegócio. Seus sistemas são capazes de capturar e transmitir uma alta taxa de dados cobrindo urna área extensa, sem a necessidade de investimento em infraestrutura permanente no local, como a instalação de torres. Isto permite um monitoramento ou cobertura de Internet mais inteligente, em especial quando se trata de processos que ocorrem de forma sazonal, como por exemplo, a realização de eventos, ou cíclica, tal como colheitas no campo. Além disso, o sistema tem o diferencial da mobilidade, podendo ter seu local de instalação alterado, permitindo assim um uso otimizado: no lugar da construção de diversas torres que cobririam urna grande área florestal, por exemplo, apenas um balão, com sua altura privilegiada, é capaz de acompanhar o avanço da frente de corte, deslocando-se conforme a necessidade. "Operamos com um sistema plug and play .
Utilizamos tecnologias oriundas de diversos fabricantes e elaboramos a solução de acordo com a necessidade de cada cliente", explica Avena. Em urna área de até 40 km de raio, a Altave fornece Internet com velocidades de até 5 Mbitls. Na mesma área, em raios de até 5 km, pode chegar a 100 Mbitls. O balão recebe o sinal de Internet de urna estação em Terra mais próxima, ou via satélite, a 200 metros de altura, conseguindo irradiar a conexão para locais em um raio de até 7 km. "O balão também consegue capturar sinais de Internet ao voar mais alto que o relevo e os obstáculos e, com isso, distribuir a conexão para a área de interesse. Um exemplo seria pegar a Internet 3G/4G de urna operadora telefônica elevando o modem a uma altura de 200 m do local de interesse", ilustra o diretor.
Os balões têm entre 3 e 7 m de diâmetro e são capazes de içar até 35 kg de equipamentos. São monitorados para que sejam recolhidos no caso de ocorrerem mudanças climáticas severas. O sistema pode receber qualquer tecnologia de dados desejada pelo contratante. Todos os sistemas de rádio utilizados são homologados pela Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações, porém não é necessária autorização para que os equipamentos entrem em funcionamento. Os balões ficam presos no solo por meio de um cabo a uma estação de ancoragem.
"Nossos sistemas são alimentados por gerador, painel solar, energia elétrica convencional (110 e 220 V). Também podemos utilizar outras fontes de energia disponíveis", ressalta Avena. A companhia trabalha com dois modelos de negócios: venda e prestação de serviços. No primeiro, o cliente adquire o produto e é responsável por operá-lo (a Altave fornece todo o treinamento). Já no segundo a empresa entrega o sinal de Internet, e se responsabiliza por toda a operação e manutenção da solução. A Altave pretende, até o final do ano, construir uma unidade fabril em Minas Gerais. No momento atua com distribuição própria no Brasil e na Europa por meio de parceiros.
Hoje a empresa consegue produzir de um a dois sistemas por mês. A intenção, com a divisão mineira, é a de aumentar esse número para dez trabalhos mensais. Entre seus cases de sucesso destacam-se o fornecimento de soluções para empresas do ramo de papel e celulose, e a instalação de quatro balões para o monitoramento de grandes áreas nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Cada um dos quatro balões contendo um sistema de monitoramento em 360°, que contava com 13 câmeras. Altave - Te!. (12) 3913-5900 Site: www.altave.com.br