"Inovação tecnológica é o caminho para consolidar as empresas a terem desenvolvimento sustentado", disse o governador Geraldo Alckmin na última quarta-feira, ao autorizar a criação de quatro Parques Tecnológicos no Estado, durante cerimônia de formatura de empresários da primeira turma do Programa de Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas (PIPE) da Fapesp. Os parques serão implantados na Grande São Paulo, em São Carlos, em São José dos Campos e Campinas. Os parceiros, entre outros, serão USP, Instituto de Pesquisas Tecnológicas, o Ipem, o ITA, Centro Tecnológico da Aeronáutica e Unicamp.
O governador explicou que o parque tecnológico na Grande São Paulo será voltado á área de nanotecnologia, já em São Carlos á área de biotecnologia, em Campinas à área de tecnologia da informação. O setor aeroespacial será implantado em São José dos Campos.
O investimento inicial do Estado foi de R$ 3 milhões o ano passado, mais RS 3 milhões do governo Federal. "Este ano investimos mais R$ 2 milhões. Temos cerca de R$ 8,5 milhões e continuamos investindo até que se consolide a modelagem com o parceiro privado", disse o secretário da Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo do Estado, João Carlos Meirelles.
O investimento acentuou que os parques tecnológicos serão feitos com o setor privado: "A intenção é trazer a empresa privada para trabalhar dentro dos parques, que terão universidades, institutos de pesquisas e tecnologia, secretarias de Estado e prefeituras. Dessa forma, não haverá distância entre o setor produtivo, academia, pesquisa e ciência."
Para Alckmin, o Estado tem investido fortemente em pesquisa. "Só nas três universidades - USP, Unesp e Unicamp - são R$ 4 bilhões em pesquisa, além de investimentos de R$ 500 milhões na Fapesp e recursos para 28 laboratórios de várias secretarias de Governo e institutos de pesquisa".
Formatura do PIPE
O curso de capacitação feito pela Fapesp para pequenos empresário; foi ressaltado pelo governador como um passo "muito importante para estimular a pequena empresa ter acesso à inovação tecnológica, estimulando o empreendedorismo". Segundo ele, esse é o caminho de São Paulo para a exportação ao mundo inteiro, "de forma competitiva, bons produtos, com qualidade e melhorar a vida das pessoas", ressaltou.
O curso visa estimular o desenvolvimento de pequenas empresas por meio da obtenção de investimento, parcerias e clientes, além de promover o aperfeiçoamento gerencial e a estruturação de planos de negócios, a partir de aconselhamentos profissionais de presidentes e diretores de grandes empresas. Já foram investidos R$ 60 milhões no programa, possibilitando pequenas empresas se tornarem global.
A primeira turma de 60 empresários formados pelo PIPE da Fapesp contou com a parceria do Sebrae/SP e do Instituto Empreender Endeavor.
O presidente da Fapesp, Carlos Vogt, disse que a importância dada pelo governo do Estado à política de ciência e tecnologia tem levado o Brasil ao ranking dos principais países do mundo na área de pesquisa.
Notícia
O Dia (SP)