O Seminário Santo Antônio, em Agudos (13 quilômetros de Bauru), sedia nesta quarta-feira (12), das 8h às 18, o 1 Workshop de Apicultores e Meliponicultores do Centro-Oeste Paulista. O objetivo do encontro é aproximar criadores de abelhas e mel para o fortalecimento da cadeia produtiva da região por meio do debate de temas relacionados ao assunto, que vem sendo bastante discutido recentemente em razão do “ sumiço ” deste inseto em várias regiões do mundo (leia box ao lado). O evento é gratuito, mas o número de vagas é limitado a 150 participantes.
A programação incluí palestras com os temas:
Descrição das principais espécies de abelhas exóticas e nativas da região;
Criação racional e manejo de abelhas; Polinização;
Boas práticas na apicultura e na meliponicultura; Produção e conservação ambiental;
Legislação e Oficinas práticas de manejo das abelhas.
Além das palestras e de oficinas, haverá estandes de exposição de produtos e empresas do setor. Dentre os itens a serem expostos, estão confirmados tela excluidora de rainha, cera alveolada, gaiolas de criação e de transporte de rainha, gaiola de transporte e introdução de rainha, luva anti ferroada, sacos para isca, atrativo para captura de enxames e pitos para isca, entre outros.
O 1 Workshop de Apicultores e Meliponicultores do Centro-Oeste Paulista é organizado pela Prefeitura de Agudos, por meio das Secretarias de Planejamento e Turismo e Agricultura e Meio Ambiente; Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável, regional de Bauru, um órgão vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento; e Apiário Açucena da Serra.
Agrotóxicos x abelhas
Estudo divulgado recentemente pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) sobre o efeito dos agrotóxicos em abelhas mostrou que o inseticida clot ian idina, mesmo quando usado em doses não letais, encurtou o tempo de vida dos insetos em até 50%. Os pesquisadores observaram ainda que a substância fungicida pira clo strobin a, considerada inofensiva para abelhas, mudou o comportamento das operárias, deixando-as letárgicas, o que pode comprometer o funcionamento de toda a colônia. A pesquisa foi feita com o objetivo de investigar o desaparecimento de diversas espécies de abelhas no mundo todo. No Brasil, o fenômeno tem sido observado pelo menos desde 2005 e, segundo o professor Osmar Malaspina, pesquisador do Centro de Estudos de Insetos Sociais do Instituto de Biociências da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), está diretamente ligado ao uso de agrotóxicos. “ Fizemos um levantamento no estado de São Paulo nos últimos três anos, mandamos fazer análises dos produtos e das abelhas mortas para ver se tinha resíduo desses produtos e comprovamos que, nesses casos de mortalidade em massa, a grande maioria foi provocada por inseticidas ”, diz.