O anúncio foi feito na primeira reunião da Conferência dos Institutos Nacionais de Saúde (INSP), realizada no Rio de Janeiro, no contexto da presidência do Brasil no G20.
— Até o momento, ninguém entrou no país com a variante que causou a emergência mundial. Mas o vírus circula desde 2022 no país de forma concentrada, com as pessoas sendo acompanhadas. Em geral, os casos se agravam associados a outras doenças, como o HIV — afirma.
A ministra enfatizou que devido a circulação de pessoas entre países, fruto do cenário atual do mundo globalizado, a mpox requer atenção.
— O que nós estamos fazendo é a vigilância, olhar para cada caso suspeito e organizar todos os laboratórios da rede de saúde pública, trabalhar juntos com a Organização Mundial de Saúde (OMS). E também ir acompanhando e apoiando as iniciativas junto ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, como é o caso do desenvolvimento de uma vacina por pesquisadores brasileiros. Mas para esta situação de emergência, o fundamental é a vigilância e o acompanhamento dos casos — continua.
Ela também assegura que 9 milhões de doses da vacina Qdenga serão distribuídas pelo Ministério da Saúde em 2025. Um calendário dentro do plano de enfrentamento será apresentado ainda este mês. Já o imunizante criado pelo Instituto Butantan contra a dengue ainda passará por aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
As falas da ministra se deram na primeira reunião da Conferência dos Institutos Nacionais de Saúde (INSP), , realizada no Rio de Janeiro, no contexto da presidência do Brasil no G20. O evento foi coorganizado pela Fiocruz, pela Associação Internacional de Institutos Nacionais de Saúde Pública (Ianphi) e pelo Ministério da Saúde, com apoio do CDC África.
A mpox é uma doença infecciosa causada por um vírus do gênero Orthopoxvirus que pode ser transmitida de animais para humanos ou entre pessoas contaminadas. A doença era chamada de varíola dos macacos, e o vírus levava o nome de monkeypox. Os termos foram alterados pela OMS em 2022.
Por Raquel Pereira — Rio de Janeiro
Fonte: Jornal O Globo – RJ