À medida que os dias passam, o uso de celulares se torna cada vez mais frequente na vida das pessoas. Os adolescentes não são exceção, pois estão sempre imersos em canais de vídeos, jogos e aplicativos educacionais. No entanto, a maioria deles não se preocupa com aspectos importantes, como a postura física, ao usar esses dispositivos.
Confira a seguir os problemas físicos causados pelo uso excessivo de celulares entre os adolescentes:
O uso constante de celulares tem causado problemas físicos
Recentemente, foi realizado um estudo pela FAPESP que identificou vários fatores de risco para a saúde da coluna quando adolescentes passam horas e horas usando seus aparelhos eletrônicos.
Questões como, o uso de telas por mais de três horas ao dia, a pouca distância entre o equipamento eletrônico e os olhos, a utilização na posição deitada de prono e também na posição sentada, resultaram em vários questionamentos de dor no meio das costas, nomeada de dor nas costas torácicas ou TSP.
fatores de risco
Pesquisas indicam que a TSP está presente em diversas faixas etárias. Estima-se que entre 15% e 35% dos adultos sejam adultos, enquanto 13% a 35% sejam adolescentes e crianças. A pandemia da COVID-19 intensificou ainda mais esse panorama.
Além dos riscos físicos, há também perigos fisiológicos, psicológicos e comportamentais associados à TSP. Evidências apontam que os efeitos das atividades físicas, do comportamento sedentário e da saúde mental estão diretamente relacionados ao desenvolvimento dessa condição.
Como amenizar todos esses fatores considerados críticos?
De acordo com Alberto de Vitta, doutor em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a implementação de programas de educação em saúde nos diferentes níveis escolares pode ser uma das várias soluções para atenuar essa situação.
Assim que a escola assumir a responsabilidade pela educação em saúde, ela poderá promover a adoção de hábitos de autocuidado, respeitando as possibilidades e limites do corpo.
Para Vitta, os estudantes do ensino médio que apresentam fatores de risco para TSP, normalmente são mais inativos, apresentam baixo rendimento acadêmico e mais problemas psicossociais. Por isso, com a escola intervindo, o quadro geral será amenizado.