A Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do ESTADO DE SÃO PAULO), pioneira no estado em interligar-se com a Internet, será uma provedora de acesso comercial à rede mundial. A Fapesp só aguarda a regulamentação do governo sobre a cobrança de tarifas e que tipos de acesso vai oferecer, para começar a cadastrar interessados entre empresas e provedores de serviços, explica o diretor presidente da fundação. Nelson de Jesus Parada.
A fundação é um dos dois pontos de entrada do Brasil com a Internet no exterior, além da Rede Rio, e possui um "backbone" (equipamentos que formam a espinha dorsal do sistema) com mais de 100 pontos de presença (nós da rede) nas universidades de São Paulo, formando a Rede ANSP (Academic Net-work of São Paulo), que começou a ser montada em 1988 e, em 1991, permitiu à comunidade acadêmica o acesso à Internet.
Segundo Parada, a Fapesp vai usar seu "backbone", hoje com uma linha de 256 quilobits por segundo (kbp/s), uma de 128 kbp/s e uma de 2 megabits por segundo (mbp/s), em instalação, para tráfego misto. "A Rede ANSP continuará a atender à comunidade acadêmica e uma segunda" rede, que poderá chamar-se Internesp, será voltada ao uso comercial. Esta segunda rede vai compartilhar a infra-estrutura já instalada nas cidades onde a Fapesp tem ponto de presença, sem prejuízo do tráfego entre as universidades, explica Parada.
A fundação tem nós da rede, além de São Paulo, em São José dos Campos, Campinas, Ribeirão Preto, São Carlos, Bauru, Presidente Prudente e São José do Rio Preto. A Fapesp recebeu investimentos de US$ 5 milhões, desde outubro do ano passado, para a interligação dos computadores das diversas instituições e universidades, somando em torno de 100 nós.
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Gazeta Mercantil