O acesso das pessoas físicas à Internet deverá ser feito através de empresas privadas, que serão credenciadas pelo governo para explorar o serviço nos próximos meses. Foi o que disse ontem o secretário de informática e automação do Ministério da Ciência e Tecnologia, Ivan Moura Campos, durante a abertura da Abinee Tec 95, feira e congresso da indústria eletroeletrônica, em São Paulo.
Segundo ele, as empresas serão cadastradas pela Rede Nacional de Pesquisas (RNP), e Embratel. Os consumidores do serviço pagarão as empresas a "'taxa de mercado" para conectar a Internet e não precisarão "se inscrever em nenhum lugar", afirmou Campos. Ele disse que a Embratel resolverá a questão das 25 mil pessoas que já estão inscritas com a empresa para transitar na rede. "Não é problema nosso. Não quero entrar em uma polêmica que não existe mais", afirmou. A tarifa de acesso à Internet será o pulso local.
Ele acredita que até o final deste semestre algumas empresas privadas estarão administrando a rede. "Nossa preocupação é que as instituições de ensino e universidades continuem se ligando à Internet a um custo que não seja alto'", disse. Campos informou que o governo federal esta gastando US$ 200 mil mensais na conta da Rede Nacional de Pesquisas.
SUPERESTRADA
Campos disse que uma das idéias que circulam no governo (e que ele defende) é a formação de uma superestrada entre as capitais dos estados de todo o Brasil. Essa "Infovia" seria paga pelo contribuinte e proporcionaria que empresas de todos os portes se comunicassem "quase de graça". A Superestrada seria explorada por empresas privadas.
Mas por enquanto não existe nada de concreto. Em relação à Internet, Campos comentou que o problema será a velocidade das linhas em vários lugares do Brasil, que já estão com o sistema telefônico carregado. Para isso, informou, o governo está fazendo alguns investimentos que deverão dar a essas linhas uma velocidade de 2 mega-bits por segundo.
Notícia
Gazeta Mercantil