A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) conseguiu esta semana um feito importante para a divulgação do conhecimento científico e tecnológico no Brasil. A Biblioteca Digital da instituição ultrapassou a marca das 5 mil teses digitalizadas, consagrando-se como um dos maiores acervos digitais do país.
O objetivo de difundir a produção intelectual e científica da Unicamp com precisão e rapidez está cada vez mais presente. Atualmente, estão disponíveis no banco 2.973 dissertações de mestrado e 2.038 teses de doutorado. O público tem sido ávido pelas valiosas informações: desde a inauguração, em 2003, já foram baixados pela internet 527.574 arquivos.
"Essa procura é sinal claro da maior visibilidade do conhecimento que é gerado no âmbito acadêmico", disse Luiz Atílio Vicentini, coordenador do Sistema de Bibliotecas da Unicamp, à Agência FAPESP. "Mais de 23 mil teses já foram defendidas até hoje por alunos da Unicamp. E quase 23% dessas pesquisas estão disponíveis gratuitamente e na íntegra pela internet. A nossa meta é chegar a 7 mil teses até o final do ano."
Segundo as estatísticas da biblioteca, já ocorreram 222.215 downloads na área de Humanidades, 144.720 em Exatas, 94.480 em Tecnológicas e 66.159 na área de Biomédicas. O estudo mais acessado foi uma dissertação de mestrado apresentada na Faculdade de Educação (FE), que já recebeu 10.241 visitas e 3.336 downloads. O estudo (In)disciplina na escola: cenas da complexidade de um cotidiano escolar é de autoria de Cândida Maria Santos Daltro Alves.
Apenas de janeiro a junho de 2005, foram mais de um 1 milhão de visitas ao site. "Em época de aulas, a média é de 1,2 mil downloads por dia", conta Vicentini. O Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW) foi a primeira unidade da Unicamp a oferecer todas as suas teses digitalizadas. A Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri), com 404 teses, está também próxima de atingir os 100%.
Vicentini conta que o número de usuários cadastrados e autorizados a fazer downloads das teses já supera os 63 mil. "O mais interessante é o número crescente de acessos por parte de pesquisadores estrangeiros, de praticamente todas as universidades da América Latina, que baixam estudos na biblioteca", comemora.
Agência Fapesp
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