Notícia

Correio Popular (Campinas, SP)

Acervo apresenta peças de três coleções

Publicado em 17 maio 2003

Com um acervo formado por 3,5 mil peças, resultado da junção de três museus que funcionavam, até 1992 no Bosque dos Jequitibás (os museus Histórico, do Folclore e do índio), o Museu da Cidade até agora não conseguiu implantar em sua totalidade o projeto museológico definido para o lugar. Para que isso aconteça, informa a coordenadora Adriana Barão, começa a ser elaborado um projeto arquitetônico de uso do prédio. Ele será submetido à Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) na linha de Políticas Públicas, e também serão buscadas outras fontes para obter os recursos necessários. A proposta do Museu, diz, é a preservação e discussão da memória e da história da cidade e de seus diversos agentes sociais, resgatando as camadas populares como agentes da história. Atualmente a equipe técnica está inventariando o acervo e catalogando as peças e tentando melhorar a reserva técnica para que os materiais sejam recuperados. Embora sem muitas condições de guarda do acervo, as peças se encontram em boa situação de conservação. "Queremos que aqui seja de fato um museu da cidade, que absorva fluxos de pessoas que chegam ao Centro da cidade", afirma. O acervo está sendo organizado em coleções de arqueologia, cestaria e arte plumária, objetos e quadros do século 19 e doações. Há importantes peças do século 18, um tronco de escravos, liteiras, coleções de aquarelas de José de Castro Mendes que mostram a evolução da cidade. Boa parte dos materiais de arqueologia e indígena foram recolhidos pelo professor Desidério Aytai nos 50 e 60 em sambaquis e expedições a comunidades indígenas. Por falta de reserva técnica, grande parte do acervo do Museu do índio foi enviada a Monte Mor para desinfestação e deverão retornar ao Museu da Cidade. (MTC)