Pesquisadores avaliam ação de sintéticos (ilustrativa) Divulgação] esquis adores do Instituto de Química (TQ), em colaboração com pesquisadores do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (Ibi lce), ambos vinculados à Universidade Estadual Paulista (Unesp), estão testando uma biblioteca com dezenas de peptídeos bioativos para avaliar sua possível ação contra o novo corona virus (SARS-CoV-2).
“O objetivo é identificar e investigar o potencial de peptídeos e bio conjugados[ união de duas moléculas bioativas] inibidores de infecção por SARS-CoV-2. Avaliaremos a toxicidade e a atividade antiviral dessas moléculas em diferentes ensaios que nos darão informações sobre seu potencial de inibição em diferentes etapas do ciclo replicativo do vírus, como a entrada nas células e a multiplicação no citoplasma ”, diz à Agência FAPESP o pesquisador Paulo Ricardo da Silva Sanches, que participa da equipe engajada no estudo.
Os ensaios com linhagens celulares de pulmão humanos e de rim de macaco já foram iniciados e o próximo passo é avaliar a ação dos compostos, que apresentaram baixa toxicidade, em células infectadas por SARS-CoV-2.
Sanches afirma que um dos compostos com grande potencial é o ácido gálico hecate (hecateu), que apresenta baixa toxicidade em células sadias e já se mostrou um poderoso agente antiviral contra o virus zika (ZIKV) e o vírus da hepatite C (HCV), além de atacar bactérias, fungos e células cancerosas.