A Embratel vai prorrogar por prazo indeterminado o período experimental da Internet comercial, que deveria acabar no próximo domingo. A decisão foi anunciada ontem pelo presidente da Embratel. Dilio Sérgio Penedo. Ao contrário do que havia sido divulgado pela diretoria da estatal, os 20 mil inscritos para acessar os serviços não vão começar a ser atendidos a partir de 1° de maio, data marcada para a inauguração dos serviços comerciais.
Segundo Penedo, em maio só terão acesso aos serviços 250 usuários escolhidos pela estatal, desde fevereiro, quando a rede entrou no ar como projeto piloto.
A Embratel não definiu o valor das tarifas cobradas pelo serviço comercial. Dilio Penedo afirmou ainda que a estatal não vê com bons olhos a existência de subsídios nos serviços de telecomunicações do país. A partir de 1° de maio, a Embratel passará a cobrar uma tarifa provisória dos 250 usuários. Hoje, os 111 que utilizam a rede pagam R$ 0.0277 por minuto, entre 8h e 20h, e 50% do valor entre 20h e 8h.
O presidente da Embratel confirmou que a estatal já poderia divulgar os preços, se o ministro das Comunicações. Sérgio Motta, não tivesse anunciado a intenção de revogar o Decreto 1.352, assinado em dezembro pelo ex-presidente Itamar Franco, que garante ás entidades acadêmicas 90% de desconto sobre tarifas de telecomunicações. "A possibilidade de revogação desse decreto inviabilizou todos os cálculos que a Embratel havia feito", contou Penedo.
Dilio Penedo afirmou que um novo cálculo das tarifas depende, agora, de uma negociação entre os Ministérios da Ciência e Tecnologia e das Comunicações. Segundo Penedo, enquanto a Embratel não souber quanto o Ministério de Ciência e Tecnologia vai pagar pelos serviços de telecomunicações, referente á rede acadêmica, não será possível definir os valores cobrados pelos serviços da Internet comercial.
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Jornal do Brasil