O universo empresarial é cheio de contrariedades: salários baixos, impostos altos fazem o empregado custar duas vezes o que ganha, burocracia para criar empresas, juros proibitivos... Não bastasse tudo isso, o empresário ainda tem que se preocupar com a proteção de suas marcas e os domínios.
E possível obter um registro de domínio em quinze segundos e precisar de mais de quatro anos para obter o registro da marca, O registro de domínio requer urgência - já pensou se para registrar um domínio fosse preciso o mesmo processo do registro de marca? O Submarino ainda estaria no estaleiro... parado.
Ao mesmo tempo, essa facilidade produz tentações, a pior delas é a pirataria. Ela pode vir disfarçada, "manhosa", como quando alguém registra um domínio "muito parecido" com determinada marca conhecida ou com o nome de uma artista famosa. Ou pode vir escancarada mesmo: cara de um, focinho do outro. Trata-se apenas de um problema: falta de informação.
Falta informação para o empresário ou artista perceber como é importante proteger corretamente seu nome/marca na internet. Que pode enfrentar prejuízos e perdas enormes quando a proteção é mal feita. Perceber também que a Internet é um excelente canal de vendas e divulgação.
Mas falta também informação aos "piratas". Muitos são jovens webdesigners e programadores que ingenuamente acham que esta é uma forma rápida e barata de obter algum lucro. Não sabem que os tribunais são unânimes: quem tem marca ou nome ou pseudônimo famoso ganha sempre! Acham também que os problemas se resumem a simplesmente devolver o domínio.
Recentemente um tribunal de Minas Gerais ordenou a transferência de um domínio ao seu legítimo dono e ainda estipulou uma multa diária de R$ 1.000,00 enquanto o domínio permanecesse em nome do pirata.
No Rio Grande do Sul, ajunta Comercial leva pelo menos cinco dias úteis para emitir a Certidão Simplificada que a FAPESP exige para transferência do domínio, mais uns dois dias de correio e nessa o infeliz já tem que pagar R$ 7.000,00 de multa.
Isso sem contar que ainda pode sofrer outro processo visando ressarcimento do que chamamos "lucro cessante". A internet já é considerada pelos tribunais como canal de venda, assim, se você impede alguém de usar um canal de venda, está sujeito a pagar pelo que ele supostamente deixou de vender... Já viu onde isso vai parar, né? Estou acostumado a ver os dois lados. Afinal, sou procurado por empresas que foram pirateadas (geralmente consigo convencer o pirata a fazer a devolução sem a necessidade do processo judicial), mas também sou procura do por piratas para tentar "aliviar" a barra deles quando a coisa já e feia (geralmente o pirata leva a pior).
Em poucas palavras, pode- mos dizer que proteger é necessário e é responsabilidade do dono da marca. E piratear é burrice, é procurar sarna pra se coçar.
Rudinei Modezejewski
*Diretor da www.e-marca
E possível obter um registro de domínio em quinze segundos e precisar de mais de quatro anos para obter o registro da marca, O registro de domínio requer urgência - já pensou se para registrar um domínio fosse preciso o mesmo processo do registro de marca? O Submarino ainda estaria no estaleiro... parado.
Ao mesmo tempo, essa facilidade produz tentações, a pior delas é a pirataria. Ela pode vir disfarçada, "manhosa", como quando alguém registra um domínio "muito parecido" com determinada marca conhecida ou com o nome de uma artista famosa. Ou pode vir escancarada mesmo: cara de um, focinho do outro. Trata-se apenas de um problema: falta de informação.
Falta informação para o empresário ou artista perceber como é importante proteger corretamente seu nome/marca na internet. Que pode enfrentar prejuízos e perdas enormes quando a proteção é mal feita. Perceber também que a Internet é um excelente canal de vendas e divulgação.
Mas falta também informação aos "piratas". Muitos são jovens webdesigners e programadores que ingenuamente acham que esta é uma forma rápida e barata de obter algum lucro. Não sabem que os tribunais são unânimes: quem tem marca ou nome ou pseudônimo famoso ganha sempre! Acham também que os problemas se resumem a simplesmente devolver o domínio.
Recentemente um tribunal de Minas Gerais ordenou a transferência de um domínio ao seu legítimo dono e ainda estipulou uma multa diária de R$ 1.000,00 enquanto o domínio permanecesse em nome do pirata.
No Rio Grande do Sul, ajunta Comercial leva pelo menos cinco dias úteis para emitir a Certidão Simplificada que a FAPESP exige para transferência do domínio, mais uns dois dias de correio e nessa o infeliz já tem que pagar R$ 7.000,00 de multa.
Isso sem contar que ainda pode sofrer outro processo visando ressarcimento do que chamamos "lucro cessante". A internet já é considerada pelos tribunais como canal de venda, assim, se você impede alguém de usar um canal de venda, está sujeito a pagar pelo que ele supostamente deixou de vender... Já viu onde isso vai parar, né? Estou acostumado a ver os dois lados. Afinal, sou procurado por empresas que foram pirateadas (geralmente consigo convencer o pirata a fazer a devolução sem a necessidade do processo judicial), mas também sou procura do por piratas para tentar "aliviar" a barra deles quando a coisa já e feia (geralmente o pirata leva a pior).
Em poucas palavras, pode- mos dizer que proteger é necessário e é responsabilidade do dono da marca. E piratear é burrice, é procurar sarna pra se coçar.
Rudinei Modezejewski
*Diretor da www.e-marca