Não se trata de milagre. A mancha existente no vidro de uma das janelas da casa 330 da Rua Antonio Bernardino Corrêa, no Jardim Juliana, em Ferraz de Vasconcelos, não é a imagem de Nossa Senhora, que ficou conhecida como "Santa da janela".
Trata-se de um processo de corrosão do vidro devido à exposição inadequada a fatores ambientais, principalmente pela umidade e alta temperatura durante sua estocagem. A conclusão consta das 35 páginas dos laudos feitos pelos professores Colin Granam Rouse, consultor e especialista em vidros, e Edgard Dutra Zanotto, da Universidade Federal de São Carlos.
A avaliação técnico-cientista foi solicitada pela Cúria Diocesana de Mogi das Cruzes, que criou uma comissão. O vidro não foi retirado da janela e a análise foi feita no local. "Respeitou-se as exigências dos donos da casa e da população", disse o padre José Eduardo Ferreira, pároco de Ferraz de Vasconcelos e membro da comissão.
Rouse diz em seu laudo que, "o defeito visual ou mancha existente no vidro não pode ser visto de todos os ângulos da casa nem à distância. A mancha foi provocada pela chuva, umidade e variação da temperatura, que levaram ao ataque químico do vidro", disse.
Em 15 dias, pelo menos 190 mil pessoas passaram pela casa onde estava a "Santa na janela".
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Jornal da Tarde