O maestro Cyro Pereira morreu na manhã desta quinta-feira, com 81 anos, vítima de câncer. O velório acontece no Memorial da América Latina, em São Paulo. Pereira será cremado às 11 horas da sexta, na Vila Alpina, ainda na Capital Paulista. Cyro Pereira foi professor do Instituto de Artes (IA) da Unicamp.
Rafael dos Santos, professor do IA, em entrevista ao Jornal da Unicamp em 2008, relembrou que em função da extinção da orquestra que acompanhava os festivais, Cyro Pereira foi obrigado a produzir jingles em estúdios, mas não suportou mais que três anos. "Para ele, era muito frustrante ficar criando pequenas e repetitivas frases musicais. Em suas palavras, foi salvo com a criação da Sinfônica de Campinas e o convite de Benito Juarez para que viesse fazer os arranjos. Cyro, que também foi professor do IA, certamente terá muitas informações a nos oferecer" disse Santos. Na ocasião, dois grupos de pesquisa da Universidade, do Instituto de Artes e do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), enviaram ao CNPq e à Fapesp projetos para estudos dos trabalhos do maestro.
Cyro Pereira também foi objeto de teses no IA. Uma delas, em 2008, foi apresentada por Hermilson Garcia do Nascimento, professor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com o tema "Recriaturas de Cyro Pereira: arranjo e interpoética na música popular". A dissertação de mestado "Da licença, maestro! : trajetoria musical de Cyro Pereira", de autoria de Luciana Sayure Shimabuco, é de 1999.