1. O Que é a Internet?
2. Histórico da Internet
A. A ARPA-Net
B. A NSF-Net
C. A BITNet
D. A “Espinha Dorsal” Original da Internet nos Estados Unidos
E. A Internet Comercial
3. A Internet no Brasil
Notas
Nota de 30.5.2022
Este texto é parte do primeiro capítulo de uma apostila que eu escrevi em 1996, com o título ‘Internet-se’: Um Guia Prático. A apostila era usada em Cursos de Informática da empresa People Brasil Informática Ltda., da qual eu era sócio. O leitor tenha em mente, portanto, que o texto tem 26 anos. Compartilho-o, entretanto, porque encontrei (procurando na Internet) muita informação que me parece errônea sobre a gênese da Internet no Brasil. [Eduardo Chaves].
1. O Que é a Internet?
A Internet é uma rede de computadores – na verdade, uma “super-rede”, a maior que existe, abrangendo o mundo inteiro.
Para ser exato, a Internet, hoje, não é uma rede de computadores: é uma rede de redes de computadores, ou, se preferirmos, uma “meta-rede”. É por isso que ela é tão grande. O que ela interliga, hoje, não são mais computadores isolados, mas redes de computadores. É esse fato que justifica o seu nome: Internet, termo que poderia ser traduzido para o Português por “Entre-rede”.
Para que uma rede de computadores – não importa se local ou de âmbito mais amplo – possa se conectar, de forma plena, à Internet, ela precisa usar um determinado conjunto de “protocolos”, isto é, seguir um determinado conjunto de especificações técnicas ou obedecer a um determinado conjunto de padrões. Esse conjunto de protocolos se chama TCP/IP, acrônimo que quer dizer, em Inglês, “Transmission Control Protocol / Internet Protocol”, que pode ser traduzido como “Protocolo de Controle de Transmissão / Protocolo Internet”. Para simplificar, geralmente se fala no protocolo TCP/IP (no singular), embora se trate de um conjunto de protocolos.
Para você entender melhor a função de protocolos, é bom lembrar que uma rede de computadores é constituída, em parte, por uma infra-estrutura física – fios, cabos, conectores, placas, etc. – que permite que os computadores se conectem uns aos outros. Mas computadores podem estar conectados uns aos outros sem conseguir se comunicar. São os protocolos que permitem que computadores conectados se comuniquem. Eles definem o vocabulário e as regras da linguagem que os computadores de uma determinada rede devem usar para se comunicar entre si, isto é, para se fazer entender.
Isso quer dizer que uma rede local típica, do tipo Novell (que usa o protocolo IPX/SPX) ou do tipo Microsoft (que usa o protocolo NetBEUI), não pode se comunicar, enquanto tal, com Internet – elas não falam a mesma língua. Para que a comunicação aconteça, é preciso que essas redes usem (também) o protocolo TCP/IP (algo, de resto, perfeitamente possível hoje: redes, atualmente, podem ser bilíngües.). (Veja, na Seção B, deste capítulo, que a ARPA-Net, que foi a rede que deu início à Internet, inicialmente não usava o protocolo TCP/IP).
Muitas pessoas usam a Internet a partir de computadores diretamente conectados a redes TCP/IP em seu local de trabalho ou de estudo. Uma pessoa que possui um computador isolado (“stand-alone”), não conectado a uma rede, precisa, porém, fazer uso de um Provedor de Acesso para ter acesso pleno à Internet.
Por fim, para completar essa breve conceituação da Internet, voltemos à analogia já usada. O fato de computadores estarem conectados em rede, e de poderem através dela se comunicar, por usarem a mesma linguagem, não quer dizer que tenham algo importante a dizer uns aos outros. Numa rede, são as várias aplicações (como Correio Eletrônico, WWW, etc.) que permitem que a infra-estrutura física e os protocolos sejam colocados a bom uso. As aplicações da Internet são discutidas nos Capítulos III e IV – a parte mais importante deste texto.
2. Histórico da Internet?
Nesta seção procurarei traçar um breve histórico da Internet, descrevendo sua evolução, desde sua criação, nos Estados Unidos, até os dias de hoje, no Brasil.
A. A ARPA-Net
Apesar de sua fama ser recente, a Internet (então com outro nome) foi criada em 1969. Nessa época, o Ministério da Defesa dos Estados Unidos (United States Department of Defense) resolveu criar uma rede que interligasse os computadores das principais agências (geralmente universidades) que faziam pesquisas para os militares americanos. A rede recebeu o nome de ARPA-Net (ARPA sendo o acrônimo de “Advanced Research Projects Agency”, ou Agência de Projetos de Pesquisa Avançada, que era um órgão do Ministério da Defesa).
A ARPA-Net começou a operar em Setembro de 1969, inicialmente interligando computadores de quatro universidades: University of Utah (no Estado de Utah), University of California at Los Angeles, University of California at Santa Barbara, e Stanford University (através do Stanford Research Institute), todas elas no Oeste Americano (as três últimas no Estado da California). Em 1971 a ARPA-Net já interligava 15 localidades e 23 computadores (todos, naturalmente, de grande porte, visto que computadores de menor porte não existiam ainda).
Em 1973 a administração operacional da ARPA-NET foi atribuída à Defense Communications Agency (DCA, Agência de Comunicações da Defesa), que hoje tem o nome de Defense Information Systems Agency (DISA, Agência de Sistemas de Informação da Defesa), do Ministério da Defesa.
Originalmente a ARPA-Net usava um protocolo chamado NCP (“Network Control Protocol”, ou Protocolo de Controle de Redes) e conectava computadores de grande porte, não redes de computadores. Somente a partir de 1983 começou a usar o protocolo TCP/IP, depois de este ter sido declarado padrão, em 1982, pelo Ministério da Defesa.
Um ano antes, em 1981, foi lançado o microcomputador da IBM, o PC, que transformou o microcomputador, de um brinquedo de “hobbyistas”, em um equipamento que podia ser utilizado em aplicações mais sérias e em ambientes mais profissionais. Com isso, começou a se popularizar a interconexão de microcomputadores em redes locais (“Local Area Networks”, LANs).
A partir de cerca de 1983, portanto, a ARPA-Net foi se tornando, cada vez mais, uma rede de redes, e, cada vez menos, uma rede de computadores. Data dessa época a oficialização e o uso mais generalizado do termo “Internet” (com inicial maiúscula) para se referir à ARPA-Net, agora implementada com o protocolo TCP/IP, bem como o uso do termo “internet” (com inicial minúscula) para se referir a qualquer interconexão de redes implementada com o protocolo TCP/IP.
B. A NSF-Net
Eventualmente, muito tempo depois da criação da ARPA-Net, o órgão equivalente ao nosso Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) no governo americano, a National Science Foundation (NSF, Fundação Nacional de Ciência), concluiu que deveria ter sua própria rede, criando, em 1986, com o apoio da NASA (National Aeronautics and Space Administration, ou Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço) e do Ministério de Energia (Department of Energy), uma nova rede, que veio a ser denominada NSF-Net.
A NSF-Net tornou-se necessária porque o uso da ARPA-Net era restrito a instituições que desenvolviam projetos de pesquisa para o complexo militar americano. Com a criação da NSF-Net o número de universidades interligadas em rede aumentou rapidamente. A NSF-Net já foi implementada com o protocolo TCP/IP.
No devido tempo, a ARPA-Net e a NSF-Net se interligaram e, eventualmente, se fundiram, a ARPA-Net deixando oficialmente de existir em 1990, sendo absorvida pela NSF-Net, as redes fundidas já, a essa altura, tendo assumido plenamente a identidade da Internet.
C. A BITNet
Uma outra rede, a BITNet (“Because It’s Time Network”, a expressão “Because It’s Time” [Porque É Tempo] tendo, obviamente, sido inventada para gerar o acrônimo BIT), que havia sido criada, em 1981, pela iniciativa privada (basicamente pela IBM), para interligar as universidades, americanas e de outros países, que usavam equipamento IBM, eventualmente ganhou pontos de conexão com a ARPA-Net, estendendo-a, ampliando o seu escopo internacional, e tornando-a mais próxima daquilo que é hoje a Internet.
A BITNet não usava, porém, o protocolo TCP/IP, e, portanto, a sua conexão com a ARPA-Net era limitada, possibilitando apenas a troca de mensagens eletrônicas. A conexão da ARPA-Net com a BITNet foi feita através do que se convencionou chamar de “gateway” (portão de acesso), que é um equipamento que viabiliza a conexão (limitada) de redes que usam protocolos (padrões) diferentes.
D. A “Espinha Dorsal” Original da Internet nos Estados Unidos
Com a conexão (plena) com a NSF-Net e (limitada) com a BITNet, a ARPA-Net se expandiu consideravelmente, cobrindo não só instituições que faziam pesquisa para os militares, mas, em princípio, qualquer instituição de pesquisa ou ensino superior (mais tarde até de ensino de Primeiro e Segundo Graus), pública ou privada, nos Estados Unidos e em outros países. Por isso, a ARPA-Net/NSF-Net sempre foi considerada a espinha dorsal (“backbone”) original, e por muito tempo principal, da Internet nos Estados Unidos. (Para discussão da expressão “espinha dorsal”, veja a Seção C, Subseção 4, deste capítulo. Veja, também, a Subseção 6, desta Seção B, em que se discute a Internet no Brasil).
Mesmo com essa expansão, entretanto, a Internet, durante a maior parte de sua existência, foi uma rede basicamente acadêmica, não comercial, porque sua espinha dorsal havia sido custeada com dinheiro público. Empresas comerciais privadas não tinham acesso a ela e mesmo as instituições que tinham acesso a ela só podiam utilizá-la para fins acadêmicos.
E. A Internet Comercial
Por volta de 1993, entretanto, o governo americano, considerando já amortizados os seus investimentos na Internet, levando em conta o fato de que grande parte das informações que transitavam na Internet trafegava, pelo menos em parte, por canais de comunicação privados (que estendiam e ampliavam a capacidade da espinha dorsal original), e respondendo à grande pressão para que se criasse nos Estados Unidos uma “Infovia” (termo derivado do alemão “Infobahn”) ou “Super-Estrada de Informações” (do inglês “Information Super-Highway”), resolveu colocar em discussão o uso comercial da Internet. Os usuários tradicionais, acadêmicos, protestaram, mas a sorte estava lançada. O Vice-Presidente dos Estados Unidos, Al Gore, empossado em 1993, havia, no ano anterior, introduzido no Senado (do qual fazia parte) projeto de lei criando a “National Research and Education Network” (NREN, Rede Nacional de Pesquisa e Educação), que seria a espinha dorsal de uma “Information Super-Highway”.
Os fatos, entretanto, se precipitaram. Bill Clinton e Al Gore, com o realismo decorrente do fato de que agora eram governo, e não candidatos, perceberam que a Internet já era uma espinha dorsal de proporções magníficas, que precisava apenas ser atualizada com tecnologia mais moderna (fibras ópticas, por exemplo). O custo dessa atualização seria enorme, e o governo americano acabou optando por deixar que as empresas privadas se ocupassem da transformação da Internet na “Information Super-Highway”, ganhando, em troca, o direito de explorá-la comercialmente.
Com essa decisão, a Internet tornou-se, quase que do dia para a noite, um fenômeno de crescimento.
3. A Internet no Brasil
No Brasil, a Internet existe desde 1989. No Governo Orestes Quércia, a idéia surgiu em São de Paulo de interligar os computadores das três universidades pertencentes ao governo estadual: a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e a Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP). A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) foi encarregada de executar e administrar o projeto.
O projeto tinha dois polos: um, interligar as Universidades, o outro, conectar a FAPESP à Internet americana. Criada a rede das universidades estaduais paulistas, que recebeu o pomposo nome (em inglês) de “Academic Network of São Paulo” (ANSP) e feita a conexão da FAPESP com a Internet americana através do Fermilab, de Chicago, foi implantado o primeiro segmento brasileiro da Internet.
Enquanto não havia uma “espinha dorsal” da Internet no Brasil, como um todo, a FAPESP se tornou o “Ponto de Presença” da Internet no Estado (quiçá no Brasil), estabelecendo uma conexão de velocidade relativamente alta (para a época) com a espinha dorsal da Internet nos Estados Unidos, estendendo, assim, por assim dizer, a espinha dorsal da Internet americana até o Brasil.
Nessas circunstâncias, quem quisesse se conectar à Internet, por conexão dedicada, no Estado de São Paulo (ou mesmo no Brasil), tinha que se conectar com a FAPESP. Em Campinas, a UNICAMP foi a primeira instituição a fazer essa conexão (originalmente a meros 9.600 bps, hoje ainda em pobres 64 Kbps [1]). Outras instituições de Campinas (a Pontifícia Universidade Católica de Campinas [PUCCAMP], o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento [CPqD] da TELEBRÁS, o Centro Tecnológico de Informática [CTI], a Empresa Brasileira de Agropecuária [EMBRAPA], etc.) eventualmente conectaram suas redes à Internet mediante conexões dedicadas com a UNICAMP.
Como a conexão dedicada que liga a UNICAMP à FAPESP é, ainda hoje, de velocidade relativamente baixa, qualquer instituição que se conecte à Internet via UNICAMP encontra um congestionamento de tráfego, por causa do gargalo na linha que liga a UNICAMP à FAPESP (além de outros gargalos mencionados adiante).
Seguindo o exemplo do Estado de São Paulo, alguns outros estados brasileiros (especialmente Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul) resolveram também criar suas redes acadêmicas. Nesse momento (por volta de 1990), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) do Governo Federal resolveu ajudar os estados menores a criar suas próprias redes estaduais e iniciou o projeto de interligar as redes dos estados, formando a Rede Nacional de Pesquisa (RNP).
A criação da RNP foi, na verdade, o estabelecimento de uma primeira “espinha dorsal” (“backbone”) da Internet dentro do Brasil, aproveitando a conexão com os Estados Unidos já feita pela FAPESP e estabelecendo uma outra conexão direta com os Estados Unidos, através do Laboratório Nacional de Ciência da Computação (LNCC), do Rio de Janeiro, feita com a Cerfnet, de San Diego. Com isso, a Internet americana passou a ter dois Pontos de Presença no Brasil.
A espinha dorsal da RNP é geralmente chamada de “espinha dorsal acadêmica” da Internet brasileira [2]. O entroncamento principal dessa espinha dorsal ainda tem segmentos em velocidades relativamente baixas (9.600 bps, por exemplo), o que produz vários gargalos e congestionamento de tráfego.
Segundo informações divulgadas em Janeiro de 1996 (quando este texto está sendo escrito), dos nove Pontos de Presença que a RNP pretendia ter conectado com linhas de 2 Mbps até Setembro de 1995, apenas seis estavam conectados nessa velocidade no final do ano: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Recife e Curitiba. Os outros três (Fortaleza, Florianópolis e Porto Alegre) ainda estavam conectados a velocidades bem mais baixas (64 Kbps ou mesmo 9.600 bps). Mesmo a conexão de 2 Mbps entre São Paulo e Rio de Janeiro já estava saturada no final do ano, fato que levou a RNP a anunciar a implantação de uma segunda linha de 2 Mbps entre essas duas cidades. [3]
A Embratel entrou no cenário estabelecendo uma nova conexão com a Internet americana (com a Sprint), que fez com que a sua rede, de âmbito nacional (construída em cima da RENPAC), ficasse conectada à Internet, formando, assim, uma nova espinha dorsal da Internet no Brasil – geralmente chamada de “espinha dorsal comercial” da Internet brasileira [4]. Os troncos dessa espinha dorsal estão em velocidades razoáveis, para o Brasil, razão pela qual o desempenho da espinha dorsal comercial é melhor do que o da espinha dorsal acadêmica.
Já em 1995, o Governo Federal resolveu interligar as espinhas dorsais da RNP e da Embratel, de modo a que formassem uma só espinha dorsal, de âmbito nacional, inclusive com rotas redundantes, formalizando, assim, a existência do segmento brasileiro da Internet. A conexão entre as duas espinhas dorsais está feita a uma velocidade relativamente baixa, entretanto, criando mais um gargalo.
Por algum tempo discutiu-se se a Embratel teria o monopólio do provimento de acesso à Internet no Brasil, mas o Governo Federal (em 31 de Maio de 1995, através de uma Portaria Interministerial do Ministério das Comunicações, ao qual está vinculada a Embratel, e do Ministério da Ciência e Tecnologia, ao qual está vinculada a RNP) optou por atribuir à Embratel e às “Teles” apenas a função de fornecer e manter a infra-estrutura física da rede e de prover acesso a Provedores de Acesso privados, deixando à livre iniciativa destes a atividade de prover acesso à rede para usuários finais e Provedores de Informação, nas formas sugeridas pelo mercado. Ao mesmo tempo, foi criado um Comitê Gestor da Internet (CGI), ao qual ficou vinculada a RNP, com representação de vários segmentos da sociedade, para colaborar na definição dos destinos da Internet no Brasil.
É neste estágio que nos encontramos no início de 1996 (quando este texto está sendo redigido). É de esperar que, em curto prazo, haja uma melhoria considerável na qualidade e na velocidade das linhas da espinha dorsal brasileira (especialmente na parte acadêmica), que vai produzir um desempenho bem mais aceitável do que o atual.
Notas
[1] “bps” = bits por segundo; “Kbps” = kilobits (mil bits) por segundo; “Mbps” = Megabits (milhão de bits) por segundo
[2] Em um gesto típico de megalomania, e, o que é pior, de megalomania míope, a RNP resolveu chamar a sua espinha dorsal (acadêmica) de Internet Brasil, com a sigla Internet/BR, como se toda a Internet no Brasil se resumisse à sua espinha dorsal. Embora a Embratel, tenha hoje, uma espinha dorsal melhor do que a da RNP, e tenha sua própria conexão com os Estados Unidos (com a Sprint), ela se viu forçada a chamar a sua espinha dorsal de Internet via Embratel. A megalomania miópica da RNP se evidencia, também, no fato de que ela considerou o Domínio de Segundo Nível, “.edu”, como o default no Brasil, que, enquanto tal, não precisa ser incluído no Nome dos computadores das Universidades! Nem mesmo nos Estados Unidos, onde a comunidade acadêmica poderia, com total justiça, reivindicar uma participação muito maior no desenvolvimento da Internet, houve qualquer pretensão de que o Domínio “.edu” fosse considerado default e, como tal, pudesse deixar de ser incluído no Nome dos computadores das Universidades na Internet. (Veja adiante, neste capítulo, Seção E, Subseção 2).
[3] O Centro de Informações da RNP (“www.ci.rnp.br”) disponibiliza documentos que comprovam todas essas afirmações. Vale a pena gastar algum tempo analisando toda a documentação disponível, que inclui manuais, de cunho prático. Veja, também, nesse contexto, o artigo “Seja Bem-Vindo”, de Luiz Augusto Siqueira e Suzana Liskaukas, em Internet World (edição brasileira), Janeiro de 1996, p.44, e, dos mesmos autores, o artigo “Onde Estão nossos Backbones”, no mesmo número da revista, pp.52-54.
[4] Porque a RNP chamou de Internet Brasil a sua espinha dorsal, a Embratel precisou dar um outro nome à sua espinha dorsal: Internet via Embratel.
Em Salto, 30 de Maio de 2022 [Data da transcrição aqui]