Inovação centrada no ser humano. Este foi o tema do evento Business Innovation Network (BIN), realizado esta semana no Porto, em Portugal. Dentre os temas debatidos, o painel moderado pela Alter Conteúdo discutiu como as soluções de arquitetura e urbanismo podem ajudar as cidades a se tornarem mais resilientes às mudanças climáticas, com alguns exemplos trazidos dos Países Baixos, que correm fortes riscos com as mudanças climáticas, pois grande parte do seu território encontra-se abaixo do nível do mar.
Três eixos do debate versaram sob o ponto de vista da inovação: sociedade, circularidade e saúde e bem-estar. No primeiro deles, pontos como atração de talentos, e-governança, economia transformativa e éticas da Inteligência Artificial (IA), sendo este último tema faz refletir muito sobre os riscos envolvidos na estruturação sem um olhar para diversidade.
Circularidade foi o eixo que puxou não só a economia circular, mas o hidrogênio verde e a busca de uma sociedade 5.0 no lugar da “indústria 5.0”, com o enfoque, até o momento centrado na tecnologia, agora voltado para pessoas, tendo a tecnologia e inovação como viabilizadores de melhorias na qualidade de vida. O último eixo, como esperado dentro deste contexto, foi exatamente o de saúde e bem-estar, debatendo a inovação e tecnologia em prol da saúde pública, combate ao câncer, IA nos cuidados da segurança alimentar e qualidade do ar.
Além dos temas técnicos, a apresentação de startups trouxe viabilizadores já existentes no mercado, disponíveis para visualização, uma excelente oportunidade para as empresas que buscam endereçar melhorias inovadoras e/ou tecnológicas para as questões de ESG.
Não é de hoje que a inovação tem forte conexão com essa agenda e cada vez mais interligada a ela, destaca Ana Luiza Mahlmeister em matéria hoje no Valor , e Ediane Tiago, na mesma edição .
Neste tema, temos muitos desafios e as diversas interações e conexões entre as pessoas promovidas pelo BIN ajudaram a criar parcerias e possibilidades de novos caminhos. Este é um evento diferenciado em relação a criar laços entre as pessoas, o que me faz estar há 4 anos junto ao grupo. A boa notícia? No próximo ano o evento deixa o Porto – sede do evento – para aportar no no Brasil, em Minas Gerais. Preparem-se para debater inovação e tecnologia como viabilizadoras de soluções para os negócios, em um ambiente acolhedor de conexão entre as pessoas em bate-papos regados a pão de queijo. Encontro vocês lá!
#DEOLHONACOP26
AVANÇOS – Especialistas analisam que a COP26 deve trazer avanços, mas ficará aquém do necessário para as metas climáticas.
Bolsonaro – O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira que, a princípio, não irá à 26ª Conferência das Nações Unidas para a Mudança do Clima (COP 26) por uma estratégia de governo.
Mercado de Carbono – O Brasil mudou sua posição em relação às negociações sobre o mercado mandatório de carbono, que será discutido na COP26. O governo tem enfatizado o desejo de discutir com os demais países para chegar a um acordo sobre a construção de um mercado internacional.
Inovação – O jornal Valor Econômico publicou hoje a edição especial Valor Inovação com uma série de matérias mostrando a importância de uma indústria inovadora e voltada para o ESG.
Compromisso – Uma declaração política com o compromisso de deter e reverter a perda de florestas e a degradação do solo até 2030, promovendo o desenvolvimento sustentável e a transformação rural inclusiva, será assinada por líderes na próxima terça-feira na COP26, no dia dedicado às florestas em Glasgow.
Matriz Energética – Única empresa brasileira a compor o grupo de Business Leaders da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP26, a Klabin vai participar ativamente dos debates neste fórum e gostaria de ver, ao fim do encontro, propostas concretas de mudança na matriz energética global.
Debate – A SPIC Brasil vai participar da COP26 debatendo a oferta de energia renovável. A presidente da companhia, Adriana Waltrick, vai apresentar a visão de futuro da empresa, com um plano de expansão das atividades para os próximos cinco anos.
Mapas – O Ministério da Agricultura lançou ontem mapas de estoque de carbono orgânico dos solos brasileiros. A ferramenta será apresentada na COP-26 e vai subsidiar políticas públicas relacionadas às mudanças climáticas e à diminuição da emissão dos Gases de Efeito Estufa (GEEs).
#ARTIGOS
João Martins da Silva Junior – Com os olhos no futuro
Conrado Hübner Mendes – A destruição ambiental é por conta da casa, COP26
#EMPRESAS
SulAmérica quer captar R$ 1,5 bilhão em dívida ESG com meta de acesso a saúde mental.
Instituto BRF anunciou as selecionadas para um programa de aceleração de startups que combatem perdas e desperdício de alimentos.
Third Point quer dividir a Shell com argumento de separar a atividade de petróleo das iniciativas em energias renováveis.
Transhydrogen Alliance vai produzir hidrogênio verde (H2V) no Porto do Pecém.
Prumo Logística avalia a possibilidade de investir no segmento de hidrogênio verde.
Fundo Fica está comprando casas para oferecer aluguel 30% menor a famílias pobres.
#ENTREVISTAS
Sigla ESG – Em entrevista exclusiva à Folha de S.Paulo, James Gifford, revelou os bastidores da invenção, em 2004, do acrônimo ESG, as tensões internas e o contexto histórico de uma das principais tendências econômico-financeiras da atualidade.
Mudanças Climáticas – Em entrevista ao Valor, Jennifer Morgan, diretora-executiva do Greenpeace Internacional, afirmou que o corte de emissões não pode ser via manobras e que espera que líderes globais saiam da “zona de conforto” na COP26.
#AGRONEGÓCIO
Grilagem – As áreas de pasto, boa parte resultante de grilagem, ocupam 75% das terras públicas desmatadas na Amazônia. Os dados são de um estudo lançado ontem por pesquisadores do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam).
Armazenamento de Carbono – A agricultura, que produz muitas emissões de CO2, também pode ajudar a conter a mudança climática graças ao armazenamento de carbono, uma técnica que envolve uma mudança no uso do solo com agricultores pagos para isso.
Emissões – O desmate de vegetações nativas da Amazônia e do Cerrado para a implantação de lavouras de soja e criação de gado entre 2010 e 2019 provocou emissões de 1,5 bilhão de toneladas de gás carbônico equivalente, volume próximo do que a Alemanha sozinha emitiu em gases de efeito estufa em 2019.
Floresta+ Agro – O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, lançou ontem o Floresta+ Agro, modalidade do Programa Nacional de Pagamentos por Serviços Ambientais direcionada à remuneração de atividades de conservação desempenhadas pelos produtores rurais exclusivamente nas Áreas de Preservação Permanente (APP) e de Reserva Legal.
#CLIMA
Fake News – Estudo mostra como manchetes mal formuladas ajudaram a impulsionar falsa narrativa de que governos vão privar as pessoas de suas liberdades sob o pretexto de combater a mudança climática.
Ação – O Observatório do Clima protocolou ontem uma ação civil pública na Justiça Federal do Amazonas contra a União e o Ministério do Meio Ambiente, para cobrar a atualização do Plano Nacional sobre Mudança do Clima.
Créditos de Carbono – O Centro de Debate de Políticas Públicas (CDPP) lançou relatório que propõe desenho para o sistema de créditos de carbono baseado em estudos sobre precificação de carbono do Ministério da Economia em parceria com o Banco Mundial.
#DIVERSIDADE
Turma da Mônica – O quadrinista Mauricio de Sousa afirmou que está preparando um personagem gay para as suas famosas histórias da Turma da Mônica. Nos últimos anos, ele tem trabalhado para que sua turminha tenha maior diversidade.
#ENERGIA
Custo – Um estudo estima que o Brasil gastou R$ 17 bilhões a mais do que teria desembolsado se tivesse agido preventivamente, acionado há mais tempo térmicas a gás, mais baratas, para economizar a água das hidrelétricas.
Energia Limpa – A Apple disse ontem que 175 de seus fornecedores se comprometeram a usar energia renovável para o trabalho que fazem para a companhia, ajudando a trazer mais de 9 GW de energia limpa para as redes elétricas.
#FINANÇAS
Fundos – Levantamento do CDP mostrou que Menos de 1% dos fundos de investimento estão alinhados ao Acordo de Paris. A pesquisa levou em consideração um terço da indústria global de fundos, o equivalente a US$ 27 trilhões em ativos.
Economia Circular – Dados da Fundação Ellen McArthur apontam o potencial do modelo econômico de economia circular para combater mudanças climáticas em diferentes setores.
Investimento – A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) terá um fundo de R$ 100 milhões para projetos de pesquisa voltados para a Amazônia.
Projetos Verdes – Em relatório distribuído internacionalmente a seus clientes, o Citigroup propõe a criação de um novo banco multilateral voltado ao financiamento de projetos verdes, que acelerem o processo de descarbonização da economia.
#INDÍGENAS
Ouro – A exploração ilegal retira quase 1 tonelada de ouro por ano da terra indígena Kayapó no Pará, segundo a Polícia Federal, que realiza a operação ‘Terra Desolata’ que tenta prender 12 pessoas e bloqueia cerca de R$ 500 milhões dos investigados.
#MEIO AMBIENTE
Amazônia – O projeto multimídia “Manaus de Frente para a Floresta” foi lançado com objetivo de contribuir para o debate sobre as soluções e o futuro da região e suas diferentes realidades – cenário sob os holofotes do mundo pela importância na mudança climática global.
Árvore – A segunda maior árvore da Amazônia está ameaçada por garimpos ilegais, dizem pesquisadores.
#POLÍTICA
Biocoalizão Parlamentar – Uma coalizão de Frentes Parlamentares que tratam de economia sustentável criou ontem a Biocoalizão Parlamentar com objetivo de mostrar que o Brasil tem condições de cumprir acordos internacionais de descarbonização.
Consenso – O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, disse ontem que buscará consenso internacional em temas climáticos com todos os grandes blocos econômicos.
#SOCIAL
Estudo – O Banco Mundial concluiu estudo com um conjunto de sugestões de instrumentos financeiros e inovações para reduzir a vulnerabilidade das famílias de baixa renda no país.