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"A França é um país amigo, temos muito a aprender e a cooperar", diz governador de SP no Instituto Pasteur de Paris (188 notícias)

Publicado em 31 de março de 2023

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Uma delegação brasileira esteve em Paris para oficializar a criação do Instituto Pasteur São Paulo, nesta sexta-feira (31). O governador do estado, Tarcísio de Freitas, e o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Jr., participaram do evento neste que é um dos mais renomados centros científicos do mundo.

Daniella Franco, da RFI

A vinda de Tarcísio de Freitas a Paris deixa claro que os tempos das divergências entre o Brasil e a França, cujas relações diplomáticas foram abaladas durante o governo de Jair Bolsonaro, ficaram para trás. O governador de São Paulo, ministro da Infraestrutura entre 2019 e 2022, faz um giro pela Europa. Em Londres, no início desta semana, ele teve de interromper seus compromissos para realizar uma cirurgia de emergência para retirada de um cálculo renal. O secretário de Negócios Internacionais, Lucaz Ferraz, o representou nas reuniões na capital britânica e em Madri, na Espanha.

Tarcísio de Freitas, no entanto, fez questão de viajar a Paris para participar da cerimônia de oficialização do Instituto Pasteur São Paulo, uma parceria histórica com a França em prol da pesquisa e do desenvolvimento de projetos de saúde pública. O evento foi realizado na sede do Instituto Pasteur, na capital francesa, com a presença de uma delegação política e científica brasileira.

"Nós sempre tivemos uma boa relação com a França, uma relação histórica, eu poderia citar inúmeras iniciativas, e realmente está na hora de investir nessa relação, tornar esses laços cada vez mais fortes", declarou o governador após o evento. "A França é um país amigo, um país importante, é uma potência, a gente tem muito o que apreender, muito a cooperar, e é nessa linha da cooperação que a gente está caminhando", completou Tarcísio ao ser questionado sobre o fim das divergências com o governo de Emmanuel Macron

De fato, além da cerimônia desta sexta-feira no Instituto Pasteur, o governador também participou na véspera de reuniões de prospecção com os diretores-executivos da Vinci Concessions, líder global em infraestruturas de mobilidade urbana, e da Alstom, multinacional francesa especializada no setor dos transportes ferroviários. As duas empresas teriam interesse nos futuros leilões de rodovias em São Paulo. Já a Alstom pode ser um player em potencial no projeto do trens intercidades, que fará o trajeto entre São Paulo e Campinas.

A assinatura do acordo em Paris foi o ponto alto da viagem do governador, que exaltou a importância da parceria com o Instituto Pasteur. "É um marco importante para o Estado de São Paulo, representa a internacionalização da nossa ciência. São Paulo está cada vez mais aberta para o mundo. Esse é o primeiro passo de muitos que vão ser dados, em breve a gente vai estar celebrando outros convênios aqui mesmo na França com institutos renomados", continuou. "A gente passa a fazer parte de uma rede de pesquisas deste renomado instituto que já forneceu dez prêmios Nobel. Tenho certeza que o Brasil ganha muito com esse passo. O Estado de São Paulo está muito orgulhoso", reiterou. 

A reaproximação diplomática entre Paris e Brasília teve início após a posse do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. Em fevereiro, a ministra francesa das Relações Exteriores, Catherine Colonna, viajou ao Brasil, reunindo-se com Lula e outros membros do governo nacional. Em São Paulo, a chanceler encontrou Tarcísio de Freitas para alinhar a agenda mútua nas áreas de economia, meio ambiente, educação, ciência e tecnologia.

Plataforma Científica Pasteur-USP

O acordo para a criação do Instituto Pasteur São Paulo foi assinado em 2017 e renovado em 2022. Em 2019, a Plataforma Científica Pasteur-USP foi inaugurada inicialmente com cinco grupos de pesquisa. Devido à pandemia de Covid-19, uma sexta equipe foi montada para estudar o vírus Sars-Cov-2 e a doença.

Atualmente, a plataforma tem sete pesquisadores-chefes e 29 estudantes PhD e pós-doutorandos, tendo establecido parcerias com mais de 20 instituições. Desde que foi fundada, já publicou mais de 60 artigos científicos, muitos deles durante a pandemia de Covid-19.

No evento em Paris, o presidente do Instituto Pasteur, Stewart Cole, não poupou elogios ao desempenho da plataforma. "Esperamos que o Instituto Pasteur de São Paulo dê continuidade ao excelente trabalho que teve início durante a pandemia de Covid-19, quando compartilhou sua expertise com a população local, realizando testes, dividindo conhecimento e informação sobre a Covid com cidadãos do Estado de São Paulo", afirmou.

Também participaram da cerimônia o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Marco Antonio Zago, o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo, Vahan Agopyan, a diretora do departamento americano e caribenho no Ministério das Relações Exteriores, Michèle Ramis, e o cônsul-geral da França em São Paulo, Yves Teyssier d'Orfeuil.

Vasta comunidade científica

Com a criação do Instituto Pasteur na capital paulistana, o país integrará uma vasta comunidade científica que soma mais de 30 centros em 20 nações, e contribuirá para a evolução da saúde mundial. Na América Latina, a instituição tem atualmente quatro estruturas: na ilha de Guadalupe, na Guiana Francesa, no Uruguai e no Brasil.

O Instituto Pasteur São Paulo será baseado no campus Cidade Universitária da USP, em um espaço de 2 mil m2 com 17 laboratórios. Quando estiver 100% operacional, o centro abrigará mais de 80 cientistas brasileiros e estrangeiros. O objetivo é realizar pesquisas no campo da biologia, focando em doenças negligenciadas e progressivas, inclusive as que causam disfunção neurológica e degeneração, além do estudo de novas viroses para evitar futuras crises sanitárias.

"Nós vamos trazer a excelência do Instituto Pasteur e suas atividades para o Estado de São Paulo e para o Brasil. Essa rede existe para a identificação de doenças, para que possam ser estudadas, para que possamos evitar futuras pandemias, com essa que tivemos tão grave com a Covid", afirmou o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Jr à RFI. "Se imaginarmos todo o bioma que existe no Brasil, a Amazônia, o Cerrado, o Pantanal, certamente temos muitos vírus nessas regiões. Nós gostaríamos de estudar toda essa população para evitar que um desses vírus gere uma pandemia como a da Covid", ressalta.

Alguns projetos serão realizados junto com a Fapesp para "uma ciência de excelência", acrescentou ainda Carlotti Jr. Segundo ele, o Instituto Pasteur São Paulo não pretende ser um local para a produção de vacinas: "é um centro para a identificação precoce e os estudo de vírus, e aí vamos deixar esse material pronto para outros grupos que trabalham com vacina". No entanto, o reitor da USP salienta que "nada impede que no futuro essa plataforma se amplie para o estudo de vacinas também".  

Além da assinatura do acordo para oficializar o Instituto Pasteur São Paulo, outro grande compromisso foi firmado nesta semana em Paris, para a abertura de um laboratório do Centro Nacional de Pesquisa Científica francês (CNRS) dentro da USP. Serão de três a cinco áreas de pesquisa, estruturadas em grandes laboratórios, que devem corresponder a especialidades do CNRS.