Em conjunto, eles têm um orçamento anual de mais de R$ 55 milhões e 940 pessoas trabalhando. Em comum, têm o fato de serem centros públicos de pesquisa, reconhecidos pela altíssima qualidade de seus trabalhos.
'O Estado de SP' visitou seis deles, cinco em SP e um no Rio, para tentar entender como se chega a um centro de excelência. A resposta foi unânime: com pessoas.
'A excelência está nas pessoas, não nos locais', diz Vanderlei Bagnato, coordenador do Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica (CePOF), do campus de São Carlos da USP, que trabalha em áreas como tratamento de câncer com laser.
Cada um, no entanto, junta à sua fórmula de sucesso uma característica peculiar. No Centro Multidisciplinar para Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos (CMDMC), da Universidade Federal de São Carlos (UFScar), no interior de SP, a indústria é uma grande aliada, trazendo problemas do dia-a-dia para serem resolvidos.
No Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), em Campinas, utiliza-se a luz para estudar as formas de uma proteína ou pesquisar novos materiais para aumentar a capacidade de armazenamento de CDs, por exemplo.
No Laboratório de Sistemas Integrados (LSI) da Escola Politécnica da USP, o trabalho é comunitário e a administração descentralizada, desenvolvendo diversos projetos que vão de telemedicina à caverna digital.
No Centro de Estudo do Genoma Humano (CEGH) na USP, os alunos ficam junto com os pesquisadores na linha de frente, fazendo o aconselhamento genético das pessoas que vão ao centro, uma forma de fazê-los entender a importância e a responsabilidade do seu trabalho.
Dos cinco centros visitados no Estado de SP, três se tornaram em 1999 também Centros de Pesquisa Inovação e Difusão (Cepid), da Fundação de Amparo à Pesquisa de SP (Fapesp) - CePOF, CMDMC e CEGH.
Com isso, contam também com dinheiro da fundação como forma de financiamento a longo prazo.
No projeto Praça XI, um dos principais centros de pesquisas sobre aids no Brasil, que fica na UFRJ, o trabalho afinado da equipe multidisciplinar e o financiamento privado garantem o bom andamento das pesquisas.
(O Estado de SP, 19/12)
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