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Jornal da USP

48 anos de pioneirismo (1 notícias)

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Físico com amplo trânsito no meio acadêmico internacional, Oscar Sala já em meados dos anos 80 enxergava a importância das conexões em rede. "Seu papel foi fundamentai. Dê alguma forma foi o patrono de tudo isso", afirma Demi Getschko. Nascido na Itália em março de 1922, Oscar Sala entrou na Escola Politécnica em 1938. Desde cedo trabalhou em importantes centros de pesquisa no mundo todo é liderou no Brasil o projeto e a construção de equipamentos que só os países desenvolvidos possuíam. Um deles é o acelerador de partículas Van der Graff, da década de 50. Os 48 anos de trabalho na USP só foram interrompidos, em 1991, à força de um derrame. "Eu costumo dizer que o Oscar casou primeiro com a física, e desde 91 comigo", comenta sua esposa, Rosa, que não aparenta seus 84 anos de idade. Sobre a implantação da internet, em entrevista que concedeu ao Jornal da USP, o professor atribuiu o mérito à Fapesp: "A Fapesp é uma instituição fantástica, e tudo o que temos de desenvolvimento científico se deve a ela". A conexão com o Fermilab, recorde-se, originou-se dos contatos de Sala com o laboratório de Chicago. Entre outros títulos e cargos, Oscar Sala presidiu, nos anos de chumbo do AI-5, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), da qual é presidente de honra até hoje, e por doze anos foi presidente do Conselho Diretor da Fapesp. O Instituto de Física da USP homenageou-o batizando com seu nome o edifício que abriga o acelerador de partículas Pelletron — outro projeto no qual Sala se envolveu diretamente nos ano 70.