Mas a proporção é ainda maior entre os trabalhadores da área de saúde dos países em desenvolvimento - mais da metade possui o bacilo, conforme o estudo Riscos de tuberculose para os trabalhadores da saúde nos países em desenvolvimento, realizado por pesquisadores da Universidade da California em Berkeley, nos Estados Unidos, com coordenação do professor Rajnish Joshi.
De acordo com a pequisa, publicada na segunda-feira pela revista PloS Medicine, as infecções por tuberculose são comuns - 30% da população mundial possui a bactéria que causa a doença, Mycobacterium tuberculosis. Mas, na maior parte dos casos, o bacilo não causa problemas de saúde, permanecendo latente. Cerca de 10% dos infectados desenvolvem a doença, potencialmente fatal, que normalmente atinge os pulmões.
Mais de 90% dos casos mundiais de tuberculose ocorre em países de renda baixa e média, segundo a Agência Fapesp. Trabalhadores do setor médico podem ser infectados, desenvolver a doença e passar a infecção para pacientes e outras pessoas. Segundo o estudo, esses profissionais, nos países em desenvolvimento, correm riscos particularmente altos.
Nos países com renda média alta, há medidas para reduzir o risco de infecção por tuberculose entre os trabalhadores da área de saúde. Em contrapartida, a maior parte dos hospitais relacionados nas pesquisas avaliadas, em países em desenvolvimento, indicaram ausência de medidas de controle da doença.
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