Acabou mal a reunião, ontem, no Ministério da Educação, do ministro Paulo Renato com os reitores das universidades federais.
Depois de passar uma descompostura nos reitores, o ministro levantou-se e deixou a reunião a cargo de seus secretários. A atitude do ministro irritou os reitores, que resolveram também deixar a sala.
O episódio, constrangedor, põe um ponto final nas negociações entre o ministério e a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), sobre a liberação de recursos para as universidades saldarem dividas trabalhistas.
Algumas delas já foram executadas pela Justiça e, sem dinheiro, os reitores temem a ameaça de seqüestro de bens das universidades, e vivem sob o risco de mandados de prisão.
Embora não tenha sido a resposta certa, a irritação do ministro Paulo Renato foi uma resposta a consulta informal ao Senado, feita pelo presidente da Andifes, Antônio Diomário de Queiroz. Ele queria saber sobre a possibilidade de processar o ministro por crime de responsabilidade por ele "não estar atendendo às necessidades financeiras das universidades".
Paulo Renato foi informado da consulta, e, na reunião de ontem, deu a resposta.
Notícia
Jornal do Brasil