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UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas

18º Congresso de Iniciação Científica da Unicamp reúne trabalhos de elevada qualidade

Publicado em 22 setembro 2010

Por Manuel Alves Filho

A iniciação científica é uma oportunidade única para o aluno de graduação tomar contato com o desenvolvimento e a aplicação do método científico, experiência lhe servirá em quaisquer circunstâncias, seja para dar continuidade aos estudos na pós-graduação, seja para atuar no mercado de trabalho. A mensagem foi transmitida na tarde desta quarta-feira (22) pelo reitor

Fernando Ferreira Costa ao público presente à cerimônia de abertura do 18º Congresso Interno de Iniciação Científica da Unicamp, que prossegue até esta quinta-feira. O evento, considerado pelo reitor como um dos mais importantes da Universidade, expõe 1.256 painéis com trabalhos realizados pelos estudantes, distribuídos por todas as áreas do conhecimento. Também participaram da mesa de abertura o coordenador geral da Unicamp, Edgar De Decca; o pró-reitor de Pesquisa, Ronaldo Aloise Pilli; e o pró-reitor de Graduação, Marcelo Knobel.

Durante a sua fala, Fernando Costa ressaltou que, na Unicamp, os participantes da iniciação científica têm a chance de trabalhar sob a orientação de professores com vasta experiência e que desenvolvem pesquisas na fronteira do conhecimento, situação pouco comum no cenário nacional. Ao encerrar o discurso, o reitor fez uma recomendação aos estudantes. "Depois de apresentarem seus trabalhos, não deixem de publicá-los, preferencialmente em revistas de reconhecida qualidade. Um trabalho que não é publicado não produz impacto", afirmou. O coordenador geral da Unicamp disse que, ao chegar à 18ª edição, o congresso atinge a maioridade, tendo como características a seriedade e a excelência.

Segundo De Decca, o evento "representa o que de melhor a Unicamp pode oferecer aos seus estudantes de graduação, ou seja, a oportunidade de entrar em contato de forma precoce com o conhecimento científico, tecnológico e cultural". Os pró-reitores Pilli e Knobel destacaram a elevada qualidade dos trabalhos apresentados e convidaram os alunos que ainda não tiveram a oportunidade de participar da iniciação científica a fazê-lo. Conforme Pilli, dos 1.257 trabalhos inscritos neste ano, 955 são de bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), mantido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Além desses incentivos, acrescentou o reitor Fernando Costa, os estudantes da Unicamp também podem contar com bolsas da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e da própria Universidade.

Após a solenidade de abertura do congresso, que contou com a apresentação do Quinteto de Cordas da Orquestra Sinfônica da Unicamp, os dirigentes e o público se dirigiram até o Ginásio Multidisciplinar para visitar a exposição de painéis. Ao lado de cada trabalho, os autores permaneciam à disposição dos interessados para fornecer detalhes sobre as pesquisas desenvolvidas por eles, sob a orientação dos docentes. Era o caso do aluno da Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri), André Vito Vieira. Ele investigou a substituição da brita por plástico reciclado na produção de concreto. Segundo ele, desde que não seja empregado em obras estruturais, esse tipo de concreto apresenta bons resultados. "Mas o maior ganho é ambiental, visto que esse tipo de plástico passa a ter um destino mais nobre do que o aterro sanitário", explicou.

Na opinião de André, a participação em atividades de iniciação científica é importante porque coloca o estudante em contato com o uso dos métodos científicos. "É uma oportunidade de aliar a teoria à prática. Além disso, o aprendizado é importante tanto para quem quer seguir a carreira acadêmica quanto para quem quer ir para o mercado de trabalho". Opinião parecida tem Viviane

Atauri, aluna da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA). Seu trabalho investigou as propriedades da própolis produzida em uma determinação região do Estado de São Paulo, com o objetivo de estabelecer um padrão de qualidade para o produto. Segundo ela, que já ingressou numa segunda iniciação científica, a experiência contribui de fato para a maior qualificação do estudante. "Ainda não sei ao certo se, depois de me graduar, partirei para a pós-graduação ou para a indústria. Independente da escolha, acho que tudo que aprendi e ainda vou aprender vai ser útil na minha carreira", previu.