Notícia

Blog Memórias do Ventura

118 anos da criação do Instituto Butantan - 23 de fevereiro de 1901. (1 notícias)

Publicado em 23 de fevereiro de 2019

O Instituto Butantan (ou Butantã[1]) é um destacado centro de pesquisa biológica localizado no bairro do Butantã, na zona oeste cidade de São Paulo. Uma instituição pública estadual, ligada à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo desde sua fundação, o instituto é considerado um dos principais centros científicos do mundo.[2]

Fundado em 23 de fevereiro de 1901, sendo responsável por 51% da produção de vacinas e 46% de soros para uso profilático e de curativos no Brasil.[3] É também um importante ponto turístico, contando com um parque e quatro museus (Museu Biológico do Instituto Butantan, Histórico, de Microbiologia e o Museu de Saúde Pública Emílio Ribas, depositário de um dos mais importantes acervos documentais da saúde do Brasil, localizado na Rua Tenente Pena, nº 100, no bairro do Bom Retiro). Além disso o Butantan conta com o Hospital Vital Brazil, referência no atendimento de acidentes causados por animais peçonhentos, uma biblioteca, um serpentário, unidades de produção de soros, vacinas e biofármacos.

Atualmente o Instituto possui estudos e pesquisas relacionados a saúde pública (diretos ou indiretos), em segmentos da Biologia, Biomedicina, Biotecnologia e Farmacologia. Juntamente executa missões científicas por intermédio da Organização Mundial e Panamericana de Saúde, Unicef e ONU. O instituto realiza cerca de 150 mil visitas anuais, sendo localizado dentro de um parque que contém um total de 80 hectares de área verde.[4] No instituto tem um total de quatro museus, sendo eles os museus Histórico, Biológico, Microbiologia e o de Saúde Pública.[4]

História

Antigo Instituto Butantan

O Instituto Butantan surgiu em 1898[5] (final do século XIX) projetado para combater um surto de peste bubônica que se propagava no porto de Santos em 1899, levou o governo a adquirir a Fazenda Butantan para instalar um laboratório de produção de soro antipestoso, vinculado ao Instituto Bacteriológico (atual Instituto Adolfo Lutz). Esse laboratório foi reconhecido como instituição autônoma em fevereiro de 1901, sob a denominação de Instituto Serumtherápico, tendo como primeiro diretor, o médico sanitarista Vital Brazil. O nome Butantan, segundo etimologistas, é originário do tupi e quer dizer "terra dura dura", formando o superlativo a partir da duplicação do adjetivo. A comunidade dos funcionários mantém a tradição do nome, grafando-o com o "n" final, mesmo destoando do bairro, originado no entorno do instituto, que, seguindo decreto do governo municipal de São Paulo, é grafado com til (Butantã). Por outro lado, o nome do seu fundador é grafado com "z", como era escrito o nome do país na época (Vital Brazil).

Theodore Roosevelt em um automóvel no Instituto Butantan em 1914.

A história do Instituto Butantan confunde-se com a história da modernização do Estado de São Paulo. Seu surgimento deveu-se a uma epidemia de peste bubônica no Porto de Santos.[5] Temerário que a doença atingisse a capital do Estado, o governo convocou o Instituto Bacteriológico para tentar resolver o problema.

A fazenda Butantan foi desapropriada pelo Presidente de São Paulo Coronel Fernando Prestes de Albuquerque que iniciou as obras do Instituto. Seu diretor, Adolfo Lutz, mandou para essa cidade o assistente Vital Brazil. Em pouco tempo ele diagnosticou a doença e, em conjunto com o médico Oswaldo Cruz, criou um plano para controlá-la. De volta à capital, Vital Brazil foi encarregado de um serviço contra a peste no Instituto Bacteriológico. No ano seguinte esse serviço transformou-se em instituição autônoma, então denominada "Instituto Serumtherapico do Estado de São Paulo", que, posteriormente, transformou-se no atual Instituto Butantan, que ajudou a debelar a peste. Ao longo dos anos, Vital Brazil investiu na ampliação das atividades do instituto, passando a desenvolver paralelamente pesquisas referentes a soros e vacinas, não demorou muito para que seu método inovador chamasse atenção da comunidade internacional, e já na primeira década do século XX a instituição tinha sua importância reconhecida fora do Brasil.

Em 1914, veio o grande passo rumo ao progresso do instituto, foi inaugurado o Prédio Central, futuramente batizado de "Edifício Vital Brazil". Nesse edifício foi possível alocar setores de pesquisa e produção, possibilitando o instituto uma expansão de contribuições para a saúde pública e também um aprimoramento maior em suas atividades.[3]

Serpentário do Instituto Butantan em 1914.

Entretanto, devido principalmente à expansão da cafeicultura, os trabalhadores rurais (na maior parte imigrantes) viam-se frequentemente submetidos a acidentes ofídicos. As serpentes venenosas transformavam-se em um grande problema que, juntamente com a peste bubônica, atentava contra o desenvolvimento paulista.

Vital Brazil, a par de toda essa problemática, concomitantemente aos estudos sobre a peste, iniciou as suas pesquisas sobre o ofidismo, tema então pouquíssimo conhecido. O extenso trabalho que desenvolveu pesquisando esse assunto fez com que o Butantan rapidamente se especializasse no conhecimento herpetológico, bem como na produção de soros antiofídicos, tornando-se uma entidade ímpar em todo o mundo. Vital Brasil, inclusive, tem a primazia na demonstração da especificidade dos soros antiofídicos. Um soro específico para uma serpente venenosa europeia, por exemplo uma víbora (Vipera), é ineficiente para uma jararaca (Bothrops) sul-americana. Em viagens que fez, principalmente para os Estados Unidos, demonstrando a eficácia do soro antiofídico, a fama de Vital Brazil correu mundo. Durante vários anos, entretanto, o Instituto Butantan funcionou em toscas dependências, contando com um corpo de funcionários bastante exíguo. Mesmo assim, de seus laboratórios brotaram importantes pesquisas no campo da herpetologia, microbiologia e imunologia, reconhecidas internacionalmente. A partir de 1914, com a construção da nova sede e a paulatina ampliação de seu orçamento, o Butantan começou a se consolidar como a mais importante instituição de pesquisa biomédica do Estado de São Paulo, e uma das maiores do Brasil.

A partir do final de 2009, o instituto passou a auxiliar no combate à gripe H1N1, sendo o órgão público responsável pela produção da vacina a partir de amostras fornecidas pelo laboratório francês Sanofi Pasteur.[6]

Irregularidades

Em setembro de 2009, o Instituto Butantan foi alvo de investigação pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, após denúncias do Conselho de Controle de Atividades Financeiras indicarem que funcionários do instituto teriam desviado, desde 2007, ao menos 30 milhões de reais de verbas repassadas pelo Ministério da Saúde para a produção de soros e vacinas. Segundo a promotoria, havia indícios de que os responsáveis pela fundação teriam se beneficiado do esquema.[7]

Mais tarde, constatou-se que o dinheiro teria sido desviado ao longo de cinco anos por funcionários do segundo escalão da fundação. O resultado da investigação foi a demissão de sete pessoas.[8] O presidente da Fundação Butantan, Isaías Raw, se afastou do cargo e foi substituído interinamente por Erney Plessman de Camargo.[9] Segundo apuração da promotoria, Raw desconhecia o desvio nem se beneficiou dele.[8]

Incêndio

Em 15 de maio de 2010, um incêndio atingiu o Prédio das Coleções[10] às 7h30, tendo sido controlado por volta das 19h30.[11] Havia indícios de que o incêndio teria destruído mais de 70 mil espécimes de serpentes, além de mais de 450 mil espécimes de artrópodes, entre escorpiões, opiliões, miriápodes e aranhas que estavam conservadas em solução de álcool 70% ou a seco. A coleção, referência para descrição de espécies e utilizada para pesquisas científicas, era a maior do Brasil[12] e a maior coleção do mundo desses animais para uma região tropical.[5] O material coletado em mais de 100 anos foi perdido,[13][14] mas, após a perícia e análise dos cientistas, acredita-se que 5% do acervo poderá ser recuperada.[15][16]

Quando ocorreu o incêndio, outras fontes apontaram cerca 85 mil espécimes de serpentes destruídas e o equivalente a 500 mil espécimes, sendo 450 mil de aracnídeos, das quais vários milhares ainda não tinham sido descritas pelos cientistas.[5] Em relação à Coleção de serpentes, que contava com 77 mil espécimes de cobras, considerada a maior coleção do mundo,[14] 7 mil ainda aguardavam catalogação.[17] A parte do prédio que foi mais destruída pelo incêndio não contava com animais vivos.[18]

O especialista em répteis e anfíbios (herpetólogo) do Departamento de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP), Miguel Trefaut Rodrigues, relatou que o incêndio foi um desastre de proporções incalculáveis e cujos danos indicam a perda de um patrimônio insubstituível da história biológica brasileira.[5] Alguns exemplares representavam a primeira identificação feita na natureza[14] e viabilizavam o estudo de filogenia.[19]

O prédio mais atingido pelas chamas, construído no final da década de 1970 e reformado há 10 anos, não tinha um sistema de proteção contra incêndios. Um projeto de 700 mil reais havia sido enviado à FAPESP pelo curador Francisco Luis Franco para a instalação de um sistema anti-incêndio.[14] A FAPESP, entretanto, aponta que já teria destinado quase R$ 1 milhão, entre 2007 e 2008, para o Butantan reforçar sua infra-estrutura, mas que nenhuma parte desses recursos teria sido utilizada para prevenção de incêndios.[15] O diretor-geral do Instituto Butantan na época, Otávio Mercadante, disse, ao jornal Folha de S. Paulo, que não faltou dinheiro e que o prédio atingido era seguro, pois recebia manutenção periódica.[15]

Parceria contra o Zika Vírus

Em 2016, o instituto fechou uma parceria com o Governo dos Estados Unidos e com a OMS para começar o desenvolvimento da vacina contra o Vírus da Zika, que é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. A previsão é que no primeiro semestre de 2017 seja possível a realização de testes em seres humanos.[20]

Os valores deste convênio giram em torno de US$ 3 milhões (cerca de R$ 44,1 milhões), bancado pela Autoridade de Desenvolvimento e Pesquisa Biomédica Avançada (Barda, na sigla em inglês), órgão do Ministério da Saúde americano para as pesquisas de uma vacina da Zika com o vírus inativado. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, os recursos serão investidos em equipamentos e insumos para o desenvolvimento da vacina contra a doença e a cooperação técnica entre os especialistas em vacinas da Barda e os pesquisadores do instituto.

Produção

Praça dos Cientistas.

A produção de imunobiológicos voltados para a saúde pública pelo Instituto Butantan iniciou-se em 1901. Desde então, atua próximo ao Ministério da Saúde para a sua distribuição pelo território brasileiro, integrando o Plano Nacional de Imunização (PNI).[21]

Soros

O Instituto Butantan é especializado na produção de 13 tipos de soro heterólogo que tratam de intoxicações causadas por venenos de animais, toxinas ou infecções por vírus. Com capacidade de produção de até um milhão de ampolas de soro por ano, o Instituto Butantan as distribui para toda a extensão do país, auxiliando no tratamento de envenenamentos por animais peçonhentos ao longo dos últimos cem anos.

Seu sistema de produção do soro tornou-se referência internacional. Nele, são utilizados cerca de 800 cavalos imunizados com antígenos específicos preparados em um laboratório de ponta com venenos de serpentes, aranhas, escorpiões e lagartas.[22]

São eles:

Soro antiaracnídico (Loxosceles, Phoneutria e Tityus)Soro antibotrópico (pentavaente)Soro antibotrópico (pentavaente) e anticrtálicoSoro antibotrópico (pentavaente) e antilaquéticoSoro antibotulínico AB (bivalente)Soro antibotulínico ESoro anticrotálicoSoro antidiftéricoSoro antiepídico (bivalente)Soro antiescorpiônicoSoro antilonômicoSoro antirrábicoSoro antitetânico

Vacinas

O Instituto Butantan também é reconhecido por sua produção de vacinas.[23] Diferente do soro, a vacina atua na prevenção de doenças, estimulando a produção de anticorpos, e não como imunização passiva.[24] As vacinas mais recentes no calendário nacional de vacinação - Hepatite A, HPV e dTpa - são frutos de acordos de transferência de tecnologia de parceiros privados com o Instituto Butantan e Ministério da Saúde.

O Instituto Butantan produz:

Vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP)Vacina adsorvida diftéria e tétano adulto (dT)Vacina adsorvida diftéria e tétano infantil (DT)Vacina adsorvida hepatite B (recombinante)Vacina influenza sazonal trivalente (fragmentada e inativada)Vacina raiva inativada (VR/VERO)

Panorama do serpentário do Instituto Butantan.

Fábrica inoperante

Após investimento de R$ 240 milhões, a fábrica de derivados de sangue, implantada em 2008, nunca produziu vacinas e medicamentos, constatados por institutos fiscalizadores do Estado de São Paulo em 2017.[25][26]

Hospital Vital Brazil

O Hospital Vital Brazil que esta estabelecido dentro do Instituto Butantan existe desde 1945, possuindo especializações em pesquisas e tratamentos relacionados a pacientes que sofreram picadas ou acidentes com algum tipo de animal peçonhento, como aranhas e escorpiões. Atendendo mais de cem mil pessoas, ele funciona 24 horas por dia durante os 7 dias da semana, o hospital tem o objetivo de minimizar os acidentes humanos com os animais e mitigar os riscos de vida oferecendo tratamentos para os mais diversos tipos de traumas contraídos.[27]

O hospital proporciona uma equipe formada de médicos, enfermeiros e estágios voluntários.Junto com a parte que esta vinculada com a saúde, o Instituto Butantan possui a Farmacovigilância, que proporciona medicamentos como soros e vacinas.[28]

O Centro de Desenvolvimento Cultural é um setor do Instituto Butantan que cuida dos assuntos relacionados as atividades culturais do Instituto. Essa área projeta sua divulgação a partir de pesquisas realizadas em Educação, Museologia, e História da Ciência e da Saúde. É por meio do Centro de Cultura do Butantan que os projetos estruturados e todo material científico gerado pela Instituição é levado ao conhecimento da população. Ficam disponíveis para consulta e pesquisa no Núcleo de Documentação, na Biblioteca, nas atividades de educação e divulgação e também nos museus.[3]

Em paralelo aos Museus, o centro de Desenvolvimento Cultural do Instituto Butantan organiza três exposições:

Exposição Butantan Itinerante (cujo acervo é apresentado em instituições, escolas e eventos)Exposição Parada Butantan (apresentada na Estação Ciência da USP)Exposição permanente no projeto Sabina Escola Parque do Conhecimento (Santo André/SP)Biblioteca

A Biblioteca do Instituto Butantan é especializada nas áreas de toxinas, imunologia, biodiversidade e biotecnologia. Foi fundada em 1910, quando se iniciou a formação de seu acervo. Em 1914, durante a administração de Otto Bier, foi instalada em uma sala no primeiro pavimento do prédio central do instituto, hoje denominado Edifício Vital Brazil. Reinaugurada em 2015, a biblioteca do Instituto oferece, além de seu acervo, salas de estudo em grupo e individual equipadas com computadores, projetores e rede wi-fi.

Tem como missão oferecer apoio informacional às atividades de ensino e pesquisa. Também se ocupa de preservar e difundir a produção científica do Instituto Butantan alimentando os banco de teses e dissertações, de artigos, da Biblioteca Virtual da Saúde - BVS - e oferece serviços personalizado aos pesquisadores e alunos para suporte no desenvolvimento de projetos de pesquisa, geração de novos conhecimentos e inovação.[4][29]

Arquitetura

O instituto está localizado ao lado da Universidade de São Paulo, em um jardim privilegiado com vários prédios de época e estilos diferentes, em que um deles foi inaugurado em 2013, após o incêndio de 2010. Além disso existem três museus que ficam abertos ao público o Museu Biológico, que é o mais antigo; o Museu histórico, instalado na antiga cachoeira onde o importante médico e pesquisador Vital Brazil, realizou a produção das primeiras ampolas de soro para combater a peste bubônica e o Museu de Microbiologia.[30]

O Museu de Microbiologia foi desenhado pelo arquiteto Márcio Kogan, que acabou sendo limitado pela antiga construção, o que não prejudicou a obra, sendo premiada mais de uma vez pelo IAB-SP ( Instituto Dos Arquitetos o Brasil) e pela Asbea. Ela possui três espaços principais o auditório, local onde são projetados vídeos sobre microbiologia, o de exposições permanentes como modelos tridimensionais de protozoários, vírus e bactérias e o laboratório, coração do museu.[31]

Museus

O Instituto Butantan apresenta quatro museus focados em diferentes áreas da ciência:

Museu Biológico

O Museu Biológico do Instituto Butantan, que funciona desde 1966,[32] foi o primeiro museu a receber visitantes. Construído na antiga cocheira de imunização do edifício construído na década de 1920. O local abriga cerca de 100 espécies de animaisvivos pertencentes a fauna brasileira, dos mais comuns aos mais exóticos, o objetivo é mostrar esses animais normalmente considerados assustadores ou nojentos em seu ambiente natural ressaltando a importância dos diferentes organismos na manutenção do ecossistema brasileiro.[33]

Museu de Microbiologia

Criado pelo professor Isaías Raw e construído com auxilio da FAPESP (Fundacao de amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e da Fundação Vitae, o prédio foi inaugurado em 2002. Tendo como missão principal estimular a curiosidade das pessoas a conhecerem mais sobre a ciência dos micro-organismo, por meio de suas exposições e ações educativas. Também tendo como objetivo construir um importante espaço de divulgação das atividades do Instituto Butantan. O espaço ainda possui uma exposição permanente onde os visitante podem aprender mais sobre o universo invisível dos micro-organismos, de forma interativa com o público e uma exposição participativa para crianças de 4 a 6 anos de idade na intenção de aproximá-las do mundo dos micro-organismos que são somente visíveis por microscópio.[34][35]

Museu HistóricoCriado em 1981, foi instalado na cocheira adaptada para abrigar o laboratório onde o Médico Vital Brazil havia criado as primeiras ampolas de soros antipestosos. O Museu Histórico tem como missão a pesquisa, a preservação e a divulgação das ciências e da Saúde Pública, em especial a do Instituto Butantan. As atividades educativas relacionadas a exposição de longa duração, são realizadas todos os dias abertos durante os horários de funcionamento ou agendamento.[36][37][38]